Uma família em choque e com o medo instalado. Esse é o atual sentimento da família de Nelson Peres, depois de acusar que o ex-cunhado, Daniel Saraty Pegado, teria invadido a casa da família, no bairro do Souza, em Belém, onde vive a ex-namorada.
Na tarde de quinta-feira, 15, Daniel teria ameaçado a ex e a filha de ambos, fruto do relacionamento de cinco anos dos dois. Pegado também teria agredido o irmão da ex-companheira com um soco no rosto, e fugido em seguida.
“Esse cara é doente, ele sempre teve problemas. Há quatro anos a gente vive esse medo, ele persegue a minha irmã e ameaça a nossa família. Ele sempre vinha aqui atrás dela, mas agora ele fez isso. Estamos com medo porque um dia ele pode voltar e matar a minha irmão ou alguém da nossa família. Depois do que aconteceu, eu e a minha irmão saímos de casa e estamos escondidos. Ela segue livre, a polícia não faz nada. Ele fugiu a pé. Os policiais podiam ter prendido ele em flagrante, mas não fizeram nada”, contou.
Segundo a família, Pegado já possui cinco medidas protetivas para ficar longe da ex-namorada e da filha. Ele também tem passagem na polícia por denúncias de outro relacionamento. “Ele já tem essas medidas protetivas, e outros problemas com a Lei Maria da Penha por outra ex-namorada. Ele me deu um soco, levei três pontos. Se eu não estivesse em casa ele ia matar a minha irmã. Fizemos um BO e o exame de corpo de delito. São 20 dias para a prova ficar pronta, mas até lá ele pode voltar e fazer algo muito pior”, explicou Nelson.
Nelson registrou um Boletim de Ocorrência por lesão corporal e tentativa de homicídio. “A delegacia alega que não pode prendê-lo porque não conseguem localizar o endereço dele e os parentes falam que não sabem o paradeiro dele. Passamos por esse inferno há cinco anos”, finalizou Peres.
O BT entrou em contato com a Polícia Civil sobre o caso e as investigações e aguarda retorno. A Polícia Civil do Pará informa que um inquérito foi instaurado na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), em Belém. Todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para garantir a proteção da vítima.