O José Eduardo Neves Cabral, empresário e filho do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que se entregou à Polícia Federal (PF) na última quinta-feira, 24, deve ficar no mesmo presídio em que o pai está preso, esta foi uma determinação da Justiça Federal. O ex-governador está preso no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar.
O empresário passou a noite na cadeia e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que ele tinha dado entrada no Presídio Frederico Marques, em Benfica, onde aguardaria pela audiência de custódia.
AS ACUSAÇÕES CONTRA JOSÉ EDUARDO NEVES CABRAL
A PF e o Ministério Público Federal, acreditam que ele, Zé Cabral, é um dos “gerentes do bando” de uma organização criminosa “armada e transnacional” que é dedicada à venda ilegal de cigarros, além de responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões. Eduardo Neves Cabral foi alvo desta operação da PF que foi nomeada de “Operação Smoke Free” em alusão a venda ilegal de cigarros.
De acordo com os investigadores, Zé Cabral faz parte do esquema comandado por Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, primo de Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho, presidente de honra da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio. Ainda segundo a investigação, a quadrilha comprava cigarros com notas fiscais adulteradas. Os maços comprados eram levados para os centros de distribuições e chegavam aos comerciantes. Muitas das vezes, a venda final, segundo a polícia, tinha a associação de traficantes e milicianos.
O que declaram os investigadores, é que o filho de Cabral tinha como uma das atribuições pagar propina para policiais corruptos a fim de evitar a apreensão das mercadorias e vazamento de informações sobre o bando.
A defesa de José Eduardo Neves Cabral afirma que ele se apresentou espontaneamente, por estar seguro de que sua inocência será provada no decorrer do processo.