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“Fiquei bastante abalada”, diz professora negra expulsa de aeronave

Na segunda-feira (1°), durante o Programa Encontro da TV Globo, a professora Samantha Vitena compartilhou sua experiência de ter sido expulsa de um voo da Gol Linhas Aéreas na sexta-feira (28) por ter se recusado a despachar sua mochila contendo um notebook.

“Eu ainda estou tentando entender tudo. Os testemunhos e vídeos têm me ajudado a entender. Eu fiquei bastante abalada com toda essa situação, mas tenho recebido todo suporte e bastante apoio. Ainda não consegui responder todas as mensagens”, disse.

Samantha relembrou a situação e contou o motivo da recusa de despachar a bagagem. “Até onde eu sei a gente não pode despachar um laptop, não é recomendado por questão de risco e tudo mais, então falei que isso não seria possível. Eu falava que não tinha como despachar minha mochila e a gente precisava achar uma outra solução e ele falava: ‘Você precisa despachar, vai ter que despachar”, relatou.

Ela conta que, em seguida, se levantou e contou com a ajuda de um passageiro, para colocar a mochila no bagageiro. Após isso, ela afirma que se sentou e esperou o avião decolar. “Quando os policiais entraram eu não sabia por que eles estavam ali, não poderia imaginar que era por mim. Quando eles olharam pra mim e falaram “levante e se retire”, eu acredito que qualquer pessoa reagiria dessa forma. Perguntei o que aconteceu, qual o motivo”, contou.

APOIO

A professora relembrou do apoio que recebeu dos demais passageiros da aeronave. “Quando ele falou do crime, levantei para me retirar e falei para os demais passageiros. Perguntei se eu fiz alguma coisa que me tirasse do avião e as pessoas falavam que eu não tinha feito nada. Então, começaram a retirar as malas do bagageiro para descer comigo. Isso foi algo que me surpreendeu muito positivamente, me tocou muito e eu queria agradecer essas pessoas”, disse.

INVESTIGAÇÃO

A PF classificou a retirada da professora Samantha Vitena como “compulsória” e disse que a investigação se manterá em sigilo, até que todo o caso seja apurado.

A Gol Linhas Aéreas afirmou, em nota, que Samantha acomodou a bagagem em um local que obstruía a passagem, o que trazia risco a segurança do voo. Narrativa que é negada pela professora e por testemunhas.

Com informações G1*