O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública anunciado, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira, 27, que a equipe de transição do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão do porte de armas de fogo no Distrito Federal até o dia 2 ou até mesmo 3 de janeiro.
Essa seria uma medida adicional de segurança para a cerimônia de posse do presidente. A medida foi elaborada após a tentativa frustrada de atentado em Brasília, por bolsonaristas, e a apreensão de explosivos na capital brasileira.
Dino afirmou: “O requerimento será apresentado nesta tarde e esperamos que, com o deferimento, tenha mais uma camada de proteção”, declarou Dino, ao sair da reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do gabinete de transição do governo Lula.
Também esteve presente na reunião Andrei Rodrigues, responsável pela equipe de segurança de Lula e também o futuro delegado-geral da PF. Dino já havia participado de outro encontro, com autoridades de segurança pública do Distrito Federal.
“O objetivo é que mesmo as pessoas que sejam detentoras de autorizações, de portes, por exemplo CACs, tenham essa suspensão por ordem judicial, para que fique configurado que qualquer porte neste período será considerado crime.”
Anteriormente, o futuro ministro afirmou aos jornalistas que o presidente eleito ainda vai decidir apenas no domingo se fará ou não o tradicional desfile em carro aberto em Brasília ou se usará um veículo blindado e fechado. Ainda segundo Dino, a decisão final deverá ocorrer perto do meio-dia, e levará em conta questões de segurança e climáticas já que segundo com a previsão do tempo, há possibilidade de chuva no domingo na capital federal, onde as cerimônias da posse começam à tarde.