Em entrevista concedida ao jornal “La Vanguardia”, Daniel Alves falou pela primeira vez sobre a acusação de estupro envolvendo uma jovem de 23 anos na madrugada de 30 de dezembro, em Barcelona. Durante a entrevista, o jogador expressou a necessidade de se desculpar apenas com sua ex-esposa e afirmou que perdoa a vítima.
“Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela (a vítima) fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida”, disse.
Na entrevista, ele compartilhou sua versão dos acontecimentos ocorridos na discoteca em Barcelona.
“Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer”, afirmou o brasileiro.
Recentemente, o jogador teve mais um recurso negado em sua tentativa de aguardar o julgamento em liberdade. Atualmente, ele permanece detido em Barcelona e explicou os motivos que o levaram a conceder a entrevista.
“Resolvi dar esta entrevista para que as pessoas saibam o que penso. Que conheçam a história pelo que vivi naquela manhã naquele banheiro. Até agora, uma história muito assustadora de medo e terror foi contada, que não tem nada a ver com o que aconteceu, nem com o que eu fiz. Tudo o que aconteceu e não aconteceu lá dentro só ela e eu sabemos”, disse.
Durante uma audiência há cerca de dez dias, a defesa de Daniel Alves alegou que ele possui um projeto de vida na cidade de Barcelona, onde seus dois filhos estariam estudando. Contudo, para a Justiça, “o risco de fuga permanece”.
A Corte de Apelação considerou que nenhuma outra medida cautelar, além da prisão preventiva, seria capaz de “neutralizar com garantias suficientes” esse risco de fuga. Esse foi o segundo recurso da defesa de Daniel Alves contra a decisão do Juizado de Instrução de Barcelona que foi negado pelos tribunais.
Com informações Globo Esporte*