A polícia interditou uma fábrica em Jundiaí, no interior de São Paulo, contratada pela empresa de suplementos alimentares Soldiers Nutrition, de Yuri Silveira de Abreu e a esposa, Fabiula de Arruda Freire, conhecidos como “rei e rainha da creatina”.
Segundo reportagem exibida pelo programa “Fantástico”, no último domingo, 1, clientes teriam apontado encontrar larvas e fios parecidos com teias de aranha dentro de potes de creatina.
Segundo a polícia responsável pela investigação, a fábrica não tinha licença para produzir os suplementos alimentares que estavam sendo vendidos pela marca. As investigações também apontam que os equipamentos utilizados estavam fora dos padrões de higiene e sanitários.
Mesmo administrando uma fábrica própria, a empresa contrata outras para atender uma alta demanda. A marca também é investigada por manobras financeiras, fraude fiscal, sonegar impostos e lavagem de dinheiro.
QUALIDADE DO SUPLEMENTO
Em mensagens exibidas pelo Fantástico, os líderes da Soldiers falaram sobre uma creatina produzida pela empresa, afirmando que o produto, que é em pó, estava empedrado e marteladas não quebravam o bloco. Então, o gerente de produção ironiza: “é da China, né?”.
Especialistas logo apontaram que as características do produto indicam baixa qualidade. Outro suplemento da empresa, o Whey Protein, também recebeu reclamações de clientes, que apontaram ter encontrado plásticos e borrachas dentro da embalagem do produto.
CREATINA APROVADA EM TESTE
Em testes de laboratório, encomendados pela Abenutri, para avaliar 88 marcas de creatina vendidas no Brasil, 18 marcas foram reprovadas, sendo que 10 delas não apresentavam a própria creatina na composição.
Na pesquisa, a amostra da Soldiers foi aprovada tendo uma variação de até 5% de impureza do exposto na embalagem. Para ser aprovada, a lei determina que a o produto precisa apresentar, no mínimo, 80% de creatina pura. (CLIQUE AQUI E CONFIRA A LISTA)
DEFESA NEGA ACUSAÇÕES
Os advogados, responsáveis pela defesa da Soldiers, apontaram que a investigação policial usou “algumas reclamações infundadas” e que os produtos apreendidos nos estabelecimento de terceiros “não passaram por perícia”.
Os advogados também afirmam que os empresários, funcionários e colaboradores foram prejudicados injustamente por conta da investigação. No caso das marteladas da creatina endurecida, o produto não chegou a ser comercializado.
