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Fórum Internacional Arte pela Justiça Climática acontece em Belém com programação cultural gratuita

Performance "Ao buscar minhas raízes, sinto-me arrancado", de Lapdiang Syiem

Nos dias 20 e 21 de setembro, o Curro Velho, em Belém, será palco do Fórum Arte pela Justiça Climática. O evento, que contará com a participação de artistas e ativistas de mais de vinte países, promete uma programação cultural diversificada, com performances, instalações de arte, exibições de filmes inéditos no Brasil e uma série de atividades formativas. O público terá acesso gratuito ao fórum, que busca promover o diálogo sobre a crise climática por meio da arte e da cultura.

Fórum Internacional Arte pela Justiça Climática acontece em Belém com programação cultural gratuita
Fórum Internacional Arte pela Justiça Climática acontece em Belém com programação cultural gratuita

Programação internacional com foco na justiça climática

Nova Ruth (Indonésia) e Grey Filastine (Estados Unidos) apresentam a performance “Arka Kinari em Terra”

O Fórum, organizado pelos fundos internacionais Prince Claus Fund e Open Society Foundations, visa chamar a atenção para a urgência da crise climática. Além das obras artísticas, o evento também inclui oficinas e rodas de conversa conduzidas por especialistas e artistas de países como Guatemala, Moçambique, Índia, Palestina, África do Sul, Egito, Portugal, e muitos outros. O objetivo é promover reflexões sobre os impactos das mudanças climáticas em diferentes partes do mundo, especialmente em regiões afetadas por desastres ambientais, como as queimadas recordes na Amazônia.

Priscila Cobra, jornalista e curadora do evento, destaca a relevância das obras que serão apresentadas: “O Fórum trará para Belém trabalhos inéditos no Brasil, além de filmes independentes que não fazem parte do circuito comercial. Mais do que exibir as obras, o diferencial está na presença dos próprios artistas, que compartilharão suas histórias e motivações, criando uma oportunidade única de intercâmbio cultural”, afirma.

Performances e exibições cinematográficas inéditas

Performance Ao buscar minhas raízes, sinto-me arrancado_Lapdiang Syiem

O primeiro dia do evento, 20 de setembro, contará com a apresentação da performance “Ao buscar minhas raízes, sinto-me arrancado”, de Lapdiang Syiem, artista da Índia, que aborda a exploração mineral em sua região natal, Meghalaya. A programação segue com a exibição de “Lago Agrio”, da artista equatoriana Sofía Acosta, que explora a história do petróleo na Amazônia equatoriana e seus impactos na vida familiar e ambiental.

Outro destaque é o filme “O Que Pode Vir Acontecer”, de Marianne Fahmy (Egito), que imagina as consequências da elevação do nível do mar no Delta do Nilo. A obra será seguida de um debate mediado por Benji Boyadgian (Palestina), promovendo uma reflexão sobre as futuras crises climáticas.

A programação cinematográfica também inclui o filme “Carimbó Raiz da Vida”, que une a música de Priscila Cobra com as imagens do cineasta Marcos Corrêa, celebrando a cultura amazônica. Outros filmes destacados são “DESERT PHOSfate”, de Mohamed Sleiman Labat (Argélia), que explora a conexão entre a terra e o ser humano no deserto, e “Como se o Mundo Não Tivesse Oeste”, de Mônica de Miranda (Portugal/Angola), que desafia percepções tradicionais sobre história e memória.

Arte multidisciplinar e shows musicais

Além das exibições cinematográficas, o evento também terá instalações de arte interativas, como “Enxame Sonoro”, de Grey Filastine (EUA), que explora o uso do som como ferramenta de ativismo. Yara Costa (Moçambique) apresentará “Nakhoda e a Sereia”, uma instalação multissensorial que aborda os impactos do aquecimento global sobre as comunidades costeiras africanas.

No dia 21 de setembro, a programação encerra com a performance “Arka Kinari em Terra”, de Nova Ruth (Indonésia) e Grey Filastine, que combina música, vídeo e histórias de uma jornada de conscientização ambiental. O evento será finalizado com shows do grupo de carimbó Os Quentes da Madrugada e do grupo Sereia do Mar, formado por mulheres ribeirinhas do Pará, que trarão para o palco a tradição musical da Amazônia.

Serviço

Fórum Arte pela Justiça Climática
Data: 20 e 21 de setembro
Horário: 9h às 19h
Local: Curro Velho, Belém
Entrada gratuita

Confira a programação completa clicando aqui: http://portaljambu.com/.


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