O encontro do comitê executivo do Fórum Paraense sobre Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC) foi realizado na segunda-feira, 19, em Belém, e contou com programações para discutir pautas importantes, desde economia até o desenvolvimento do meio socioambiental no estado.
A reunião trouxe representatividade e acolhimento aos povos originários, aplicando integração para solucionar problemas de todas as partes. Como é o caso do o presidente da Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará Ronaldo Amanayé, que ressaltou o objetivo do encontro: “A expectativa é que a gente busque dialogar da melhor forma possível políticas públicas voltadas para os povos indígenas, quilombolas e extrativistas, sempre objetivando que essas políticas públicas se tornem de fato práticas, para que elas cheguem dentro dos nossos territórios e garantam, de fato, uma vida sustentável, o bem viver individual e o coletivo, para que a gente consiga colaborar com a nossa Amazônia, principalmente se tratando dessa questão da gestão ambiental e territorial, e lutar para a gente coibir essa mudança climática, que tá acelerada”, disse Amanayé.
Durante a reunião também foram abordados os principais projetos desenvolvidos dentro do comitê, como a Câmara Técnica de Equidade, Igualdade de Gênero e Mudanças Climáticas, que apresentou a linha do tempo do Fórum e os resultados da pesquisa em roda de conversa, como quais os impactos das mudanças climáticas na vida das mulheres e as ações necessárias frente a essas mudanças.
Em outro momento, foi realizada a apresentação do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio). Foi exibido um vídeo de apresentação mostrando o processo de criação e a finalização do plano, com 92 ações firmadas na agenda. A especialista em Governança Ambiental da ONG The Nature Conservancy (TNC), Teresa Moreira, ressaltou a importância real de um projeto engajado. “Foram várias pautas importantes. São temas que têm mobilizado bastante a sociedade, que envolveu bastante a participação de membros, tanto do Comitê Executivo quanto do próprio Coges Clima e do Plenário do Fórum. O dia foi bastante proveitoso, e a partir dessas informações que foram compartilhadas aqui a expectativa é que a sociedade civil e os diferentes setores que fazem parte do Fórum,se engajem e acompanhem, ainda mais, e se envolvam com o desenvolvimento dessas temáticas do Estado que são de interesse de todos”, comentou Teresa.
Também houve a apresentação do plano de trabalho para agenda jurisdicional, o REDD+/PSA para 2023. O programa é uma ferramenta financeira internacional para prover recursos para projetos sustentáveis que visam a redução de produção de gases que provocam o efeito estufa. O projeto vai permitir aos setores da economia reverter retrocessos no âmbito socioambiental e possíveis prejuízos econômicos associados à degradação dos recursos naturais e da biodiversidade.