Alunos da escola estadual Dr. Freitas, localizada na Avenida Generalíssimo Deodoro, no bairro Umarizal, em Belém, fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira, 20, após uma aluna acusar um funcionário por assédio. Ao menos, cinco estudantes da escola foram vítimas do homem, que trabalha nos serviços gerais. Os alunos se reuniram e realizaram protestos pedindo a demissão e prisão do funcionário, que assediava e fazia fotos dos corpos das estudantes.
De acordo com relatos de alunos, o caso teria sido comunicado à diretoria da escola, mas nenhuma providência havia sido tomada. As alunas teriam sido orientadas somente a ficarem longe do assediador.
Outra situação que motivou o protesto dos estudantes é que esta não foi a primeira vez que o homem assediou uma adolescente da unidade educacional. Outro caso semelhante aconteceu em 2019 e o acusado permaneceu na função mesmo após denúncias. Os alvos do assediador são, principalmente, alunas do ensino fundamental.
Os responsáveis por uma das vítimas estiveram na escola durante a manifestação de hoje. O servidor foi detido e saiu do local em uma viatura da Polícia Militar. Ele foi levado para prestar depoimento.
PROVIDÊNCIAS
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o servidor foi afastado de suas funções e um procedimento administrativo foi instaurado para apurar as circunstâncias do fato.
Leia a nota na íntegra:
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) ressalta que repudia qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes, principalmente no âmbito escolar. A Secretaria reitera que assim que tomou conhecimento do caso, afastou o servidor de suas funções e instaurou um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias do fato. A vítima está recebendo apoio psicológico da equipe técnica da unidade escolar e foi orientada a registrar um Boletim de Ocorrência comunicando a situação às autoridades policiais.
O BT também entrou em contato com a Polícia Civil do Pará a respeito do caso, que disse em nota, que está investigando o caso por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), na Santa Casa de Misericórdia. A vítima está recebendo escuta especializada e acompanhamento psicológico por meio de equipes da Fundação Parápaz. O inquérito que apura o caso corre sob sigilo.