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Vídeo: furação Beryl deixa rastro de destruição e vítimas no Caribe

O furação Beryl chegou a atingir a escala 5 de força, mas enfraqueceu e foi rebaixado à categoria 4, que é a segunda mais alta, enquanto se desloca em direção à Jamaica.

Além da destruição e estragos, como mostram as imagens, o furação deixou sete mortos: três em Granada, um em São Vicente e Granadinas e três na Venezuela, segundo dados das autoridades dos países.

O Centro que monitora a atividade de furacões nos Estados Unidos, NHC, espera que Beryl enfraqueça mais hoje, 3, ao chegar na Jamaica, mas alertou que ventos fortes atingirão a região, podendo provocar ondas ciclônicas, chuva e inundações.

PREOCUPAÇÃO COM O FURAÇÃO NA JAMAICA

Segundo o NHC, há um aviso de furacão para a Jamaica, que está se preparando com abrigos de emergência em Montego Bay e instalações seguras em Kingston, conforme relatado pelo jornal Jamaica Gleaner.

“Todos os jamaicanos estão abastecidos com alimentos, baterias, velas e água. Protejam seus documentos importantes e removam qualquer árvore ou objeto que possa colocar sua propriedade em perigo”, disse o primeiro-ministro Andrew Holness na rede social X. Ele também divulgou que o alerta permanece, uma vez que o furação Beryl passa pelo Haiti e segue em direção à Jamaica:

ESTRAGOS NAS REGIÕES ATINGIDAS

Em estado de emergência, Carriacou teve suas telecomunicações e eletricidade cortadas, com casas e postos de combustível destruídos. Duas pessoas morreram lá e uma terceira na ilha principal de Granada, quando uma árvore caiu sobre uma casa.

Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro fez um balanço dos danos que causaram o furacão na costa nordeste do país.

Uma reunião do bloco regional do Caribe Caricom prevista para esta semana em Granada foi adiada.

O NHC, assim como as Ilhas Cayman e várias áreas da península de Yucatán e do Golfo do México, tomaram medidas extremas diante da aproximação do furacão Beryl.

Barbados, a mais oriental das Ilhas de Barlovento, escapou do pior, registrando apenas fortes ventos e chuvas torrenciais. Houve casas inundadas e barcos de pesca indesejados em Bridgetown, mas não foram relatados feridos.Na ilha francesa de Martinica, há um alerta de tempestade tropical e cerca de 10 mil lares hospedados sem eletricidade em diferentes áreas.

FURAÇÃO BERYL

Beryl é o primeiro furacão da temporada 2024 no Atlântico, que vai do início de junho até o final de novembro.

Os cientistas destacam que é desconhecido que um ciclone tão poderoso seja formado de maneira tão precoce na temporada.”Apenas cinco grandes furacões [categoria 3+] foram registrados no Atlântico antes da primeira semana de julho”, escreveu na rede X o especialista em furacões Michael Lowry.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos também prevê uma temporada extraordinária, com a possibilidade de entre quatro a sete furacões de categoria 3 ou mais.

As temperaturas quentes do oceano são fundamentais para os furacões. As águas do Atlântico Norte estão atualmente a três graus Celsius mais quentes do que o normal, de acordo com a NOAA.

“Está claro que a crise climática está elevando os desastres naturais a novos níveis recordes de destruição”, afirmou o Secretário Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Mudança Climática (UNFCC), Simon Stiell.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com a região e, em uma mensagem na rede social X, disse que a entidade “está pronta para apoiar as autoridades nacionais em qualquer necessidade sanitária”.

Fenômenos meteorológicos extremos, incluindo furacões, têm se tornado mais frequentes e devastadores nos últimos anos, como resultado de mudanças climáticas.

*Com informações de Folha de Pernambuco.

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