Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 10, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), comparou o deslizamento que matou 10 pessoas e deixou 32 feridos no último sábado, à queda de um raio e disse que o acidente foi uma fatalidade . “Nos últimos 100 anos, nós não sabemos de nenhuma ocorrência dessa. Então seria algo muito difícil de se prever (…) E quando cai um raio? Quem é o responsável? É o prefeito?”, declarou.
Contrariando geólogos, o governador disse que a tragédia não tinha como ser prevista. “Lembro a vocês que é algo inédito, o que aconteceu ali é o que poderia acontecer em muitos lugares do Brasil, de uma rocha rolar de uma montanha e atingir um carro, sem previsibilidade. Tivemos aqui uma fatalidade dessa rocha atingir uma lancha com 10 pessoas”, disse.
Zema disse que vai aguardar a apuração das autoridades mas que não acredita que deva-se apontar responsáveis pelo ocorrido. “Será feita uma apuração por parte da Polícia Civil, da Marinha e vamos aguardar. Não sou nenhum especialista nessa área, mas quero deixar claro que o que aconteceu ali é algo inédito”, respondeu aos repórteres.
A área dos cânions ficará interditada até que as embarcações envolvidas no acidente sejam resgatadas pela Marinha.
Todas as dez vítimas da tragédia em Capitólio foram identificadas. Geovany Teixeira da Silva, de 37 anos; Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14 anos, Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos; o piloto da lancha Rodrigo Alves dos Anjos, 40 anos; Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos; Julio Borges Antunes, 68 anos; Maycon Douglas de Osti, 24 anos; Camila da Silva Machado, 18 anos; Sebastião Teixeira da Silva, 64 anos e Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57 anos.