Na última quarta-feira, 5, o Governo Federal anunciou o bloqueio de R$ 2,4 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC). A decisão foi anunciada por meio de ofício enviado para os institutos federais.
O corte representa cerca de 11,4% da dotação atual de despesas discricionárias do ministério, que são as despesas de livre movimentação, sem levar em conta salários e transferências obrigatórias, por exemplo.
Entre todos os ministérios, o MEC é a pasta que teve a maior parte do orçamento bloqueada neste ano, de acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado.
A própria pasta ainda não falou sobre os cortes, mas entidades de ensino reagiram e prometeram protestar. A União Nacional dos Estudantes (UNE) irá realizar plenárias das universidades e institutos federais entre os dias 10 e 17 de outubro e, no dia 18, planeja realizar uma mobilizacao nacional em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além da UNE, muitos políticos também reagiram ao novo anúncio de cortes. Guilherme Boulos (PSOL), eleito Deputado Federal por São Paulo com mais de um milhão de votos, afirmou que a educação pública brasileira está sendo paralisada.
Luiza Erundina, também deputada federal por São Paulo, chamou Bolsonaro de “destruidor da educação pública”.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), relembrou que este não foi o primeiro corte e que a decisão coloca em perigo o funcionamento das instituições.
