O governo do Pará quer construir uma via expressa, com ciclovia, que vai atravessar o Parque Estadual do Utinga, área de preservação ambiental em Belém. Não foram informados valores da construção, nem prazo para conclusão.
A avenida deve funcionar como alternativa para entrada e saída da região metropolitana de Belém, com a promessa de reduzir o tempo gasto. O projeto prevê 13,4 quilômetros de extensão, sendo as obras executadas pela Secretaria de Estado de Transportes (Setran).
Na terça-feira, 15, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) convocou uma reunião extraordinária com membros do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Belém e do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, onde houve parecer favorável à obra.
Segundo o governo, o projeto deve beneficiar 2,2 milhões de pessoas e a expectativa é que mais de 23 mil veículos transitem pela nova via, interligando a avenida Perimetral, em Belém, até a rodovia Alça-Viária, a PA-483, em Marituba, e sem interrupções.
O governo citou estudos apontando que o acesso deve contribuir para a redução de aproximadamente 30% no número anual de acidentes na BR-316, que atualmente é o principal acesso à capital.
O traçado da avenida passa pela Área de Proteção Ambiental Belém, uma das 27 Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo Ideflor-Bio. Por ser reserva de uso sustentável, a intervenção é permitida, segundo o governo, desde que garanta o manejo dos recursos naturais de forma equilibrada.
Presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto disse que a ideia é que o projeto tenha “mínimo impacto negativo e o maior impacto positivo para a população”.
Um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da obra já foram produzidos, prevendo que a cada árvore retirada outras três sejam plantadas.
“Começamos com os estudos de licenciamento, com projeto de preposição e análise técnica preliminar. Após aprovados, com todas as prerrogativas que temos que cumprir, e com a escuta das comunidades e dos conselhos, vamos otimizar isso dentro do estudo final do projeto, para que a obra possa atender toda a população”, afirma a diretora de Transportes da Setran, Leila Martins.
*Com informações de G1 Pará