///

Governo Federal encerra programa de escolas cívico-militares criado por Bolsonaro

Com informações G1*

O Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi encerrado pelo governo federal. A decisão foi comunicada aos secretários de Educação de todo o país por meio de um ofício, revelado pelo Estadão.

Lançado em 2019, o programa permitia a transformação de escolas públicas no modelo cívico-militar. A proposta do modelo era que os educadores civis fossem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa ficava a cargo dos militares.

Conforme o documento, será feita a desmobilização do pessoal das Forças Armadas nas escolas, e serão adotadas medidas graduais para garantir o encerramento do ano letivo de forma tranquila. A decisão conjunta do Ministério da Educação e do Ministério da Defesa põe fim a uma das prioridades do governo durante a gestão Bolsonaro.

O PROGRAMA

Lançado em setembro de 2019, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares começou a ser implementado no ano seguinte. De acordo com o governo Bolsonaro, o objetivo era reduzir a evasão escolar e combater casos de violência nas escolas por meio da disciplina militar.

De acordo com informações do site do programa, vinculado ao portal do MEC, pelo menos 200 escolas aderiram a esse formato até 2022.

O programa estabelecia uma colaboração entre o MEC e o Ministério da Defesa para oferecer apoio às escolas que optassem pelo novo modelo, assim como para a preparação das equipes civis e militares que atuariam nessas instituições.

Dentro da sala de aula, as escolas tinham autonomia para implementar o projeto pedagógico. As aulas eram ministradas pelos professores da rede pública, que eram servidores civis.

Fora da sala de aula, os militares da reserva atuavam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. No entanto, eles não tinham permissão para interferir no conteúdo ensinado em sala de aula ou ministrar materiais próprios.