O governo fez um pedido de investigação à Polícia Federal (PF) sobre publicações falsas que teriam sido feitas pelos parlamentares Eduardo Bolsonaro, senador Cleitinho e influenciadores digitais como Pablo Marçal sobre as enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul.
O ofício com o pedido de apuração foi enviado pelo Ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para ser encaminhado à PF. Segundo o pedido emitido, a divulgação de notícias com narrativas impacta na credibilidade das instituições federais que são importantes nesse momento de calamidade.
O ministro anunciou o envio do documento na última terça-feira, 7, após a reunião da sala de situação do governo que avalia a situação no estado: ”O impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB [Força Aérea Brasileira], PRF [Polícia Rodoviária Federal] e Ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”, afirma o pedido de investigação.
QUAIS SÃO AS INFORMAÇÕES QUE FAZEM PARTE DA INVESTIGAÇÃO?
O deputado Eduardo Bolsonaro disse nas redes sociais que o governo federal demorou quatro dias para mandar ajuda ao Rio Grande do Sul após as enchentes, segundo o ministro da Secom.
Um influenciador chamado Pablo Marçal foi acusado de compartilhar informações falsas sobre as ações do governo em relação aos desastres ambientais.
No vídeo de Marçal que foi listado, ele teria afirmado que a Secretaria da Fazenda do estado está impedindo a entrega de doações, não deixando distribuir comida e que a mídia não está mostrando tudo por ser ano político.
Também foi apontado que o Senador Cleitinho compartilha fake news em suas redes sociais, acusando a Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul de atrapalhar as doações por falta de nota fiscal. O ministro, Paulo Pimenta, quer investigar esses casos e outros que possam estar espalhando desinformação.
