Em audiência pública na última sexta-feira, 16, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), a exploração de petróleo e gás na margem equatorial amazônica, na foz do Rio Amazonas, no Amapá, associando a logística da exploração à Belém, foi propôs pelo deputado estadual Gustavo Sefer, o que segundo ele, representa um potencial energético e de arrecadação para o Estado, que seria dvindo do recebimento de royalties, pagos aos governos estaduais pelas empresas de óleo e gás.
” O estado do Pará está de frente, talvez, de uma das maiores oportunidades que nós tivemos nas últimas décadas. Todos os estudos apontam que aqui, na costa do Pará e do Amapá, temos um grande potencial de exploração de gás e petróleo. Comparado, segundo palavras da própria Petrobrás, como um novo pré-sal. Então, a gente sabe o tanto de desenvolvimento e oportunidades que um projeto como esse traz para a região”, pontua Sefer, lembrando que a audiência se fez para esclarecer dúvidas sobre a iniciativa, e para fortalecer a iniciativa.
Cabe lembrar que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturias Renováveis (IBAMA) negou a licença solicitada pela estatal para a perfuração na foz do rio, pois o estudo apresentado ao Ibama não continha claramente incertezas para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo. Outro ponto destacado seriam lacunas quanto a previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque.
Nesse sentido, Sefer disse que é preciso obter a autorização junto ao Ibama para os trabalhos que agridem o meio ambiente, quanto à perfuração no Rio.
“O que a gente quer conhecer é a riqueza que nós temos aqui. Infelizmente, o Ibama deu uma negativa, mas acreditamos muito na competência técnica comprovada da Petrobrás, talvez a maior empresa exploração do mundo, e que já apresentou um pedido de reconsideração ao Ibama e esse pedido está em estudo lá”, afirmou.
MAIOR PARTICIPAÇÃO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS
Do outro lado do debate está as comunidades e povos tradicionais que serão impactados pelos trabalhos de exploração da estatal, e que não é um cenário novo, se falando em comunidades e a degradação doi meio ambiente na atuação de empresas para retirar matéria prima.
Representantes de comunidades tradicionais do Marajó reivindicaram, no final da audiência, mais tempo para discurso de um maior número de representantes do arquipélago, área de atuação do projeto. Também foi solicitada maior participação desses atores no processo de discussão da iniciativa.
*Com informações de Ascom Alepa.