O hospital particular São Camilo, de São Paulo, se recusou a implantar o dispositivo intrauterino (DIU) como método contraceptivo em uma paciente por “diretrizes religiosas”.
A mulher, de 41 anos, então, deixou o centro de saúde, foi para casa e relatou o caso no X, antigo Twitter. A publicação viralizou e já acumula mais de 28 mil curtidas. Nos comentários, diversos internautas questionam se o hospital tem a permissão de realizar esse tipo de ação.
A jornalista relatou que ficou em choque e que sentiu que teve sua liberdade de escolha cerceada. “Me senti cerceada do meu direito legal de cuidar do meu corpo. Eu senti que nada tá bom. Se você busca um método para não engravidar, você está errada. Se aborta, está errada. No nosso país, você só tem uma opção: fecundar”, contou à CNN.
Ela relatou, ainda, que a gerente do hospital afirmou que a decisão do centro de saúde não é em relação ao corpo feminino, mas com as diretrizes da igreja católica e do Vaticano, portanto, também não são realizados procedimentos como a vasectomia, por exemplo, salvo em casos que trazem risco à saúde.
Em nota, o hospital afirmou que tem como diretriz não realizar procedimentos contraceptivos em homens e mulheres, uma vez que é uma instituição confessional católica. A administração do local afirmou, ainda, que só realiza esse tipo de procedimento em casos em que há risco de vida.
