///

Ilha do Canela e Ilha Chaú se tornarão novas áreas preservadas de Bragança

Após as Ilhas Chaú e Canela serem tema de reuniões técnicas, audiências públicas e estudos de viabilidade (técnica, científica, fundiária e socioeconômica) – pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e pela Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) -, o que restam são os trâmites legais para que o anúncio seja oficializado. A cerimônia de entrega dos estudos feitos aconteceu no gabinete do prefeito de Bragança, Raimundo Nonato, na última sexta-feira (4). 

Imagem: DGBio/ Ideflor-Bio.

A Ilha Chaú e a Ilha do Canela estão localizadas no município de Bragança, ao nordeste do Pará e devem se chamar “Refúgio de Vida Silvestre Ilha Chaú”, com 116 hectares, e “Refúgio de Vida Silvestre Ilha do Canela”, com 382 hectares; a junção dos dois torna essa a maior área de mangue do estado.

As áreas de preservação comportam diversos biomas como manguezais, restingas, praias, fauna aquática e avifauna do mar territorial paraense, além de ninhais de guarás e um bem imaterial do município, o pôr do sol na Ilha do Canela.

Novo ninhal de guarás na Ilha de Canelas.
Imagem: Reprodução / Youtube LBN

O QUE FALTA NO PROCESSO

Segundo Danilo Gardunho, secretário municipal de Meio Ambiente de Bragança, o próximo passo é o envio das leis de criação das unidades para a Câmara Municipal, além do registro no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) para que recebam os recursos necessários. “Com isso, poderemos fazer a gestão, fiscalização e trabalhar em parceria com as comunidades tradicionais que sobrevivem dessas unidades”, disse o secretário.

Raimundo Nonato, o prefeito de Bragança, reforçou a importância de projetos de proteção e preservação ambiental no estado. “O futuro depende de como cuidamos do meio ambiente, a natureza agradece e nós também”, comentou. 

Raimundo Nonato, prefeito de Bragança.
Imagem: Reprodução / Portal Bacana News.

O diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato, pontuou que as Unidades de Conservação (UCs) fazem parte do grupo de Proteção Integral, ou seja, a preservação da natureza é o objetivo principal da criação das UCs. Além disso, a única forma de utilizar os recursos disponíveis nesses espaços é de forma indireta.

A iniciativa da criação das UCs em Bragança faz parte do projeto “Apoio à Criação de Unidades de Conservação da Natureza Municipais”. Esse programa auxilia, com informações legais e técnicas, os municípios paraenses que desejam implementar UCs em seus territórios.