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Indígenas apontam agressões cometidas por seguranças de empresa em Tomé-Açu

Indígenas da comunidade Tembé, que fica na zona rural de Tomé-Açu, no Pará, apontaram terem sido vítimas de agressões físicas por parte de seguranças da empresa Brasil Bio Fuels (BBF).

Agressões teriam acontecido nesta terça-feira. Foto: Reprodução.

A empresa, produtora de óleo de palma, alega, segundo os indígenas, ter uma liminar deferida para integração de posse das terras ocupadas pelas comunidades.

Em contrapartida, os indígenas afirmam que a empresa estaria invadindo a propriedade para avançar com os trabalhos de extração do óleo de palma. 

Imagem mostra indígena sujo de sangue. Foto: Reprodução.

Além disso, ainda segundo os indígenas, a empresa já vinha proferindo ameaças e cometido hostilidades contra os moradores da comunidade. Assim como, conforme contou uma fonte anônima, a empresa também possui conflitos com outras comunidades: Nova Betel, povo quilombola, a Turiwara, etnia indígena, e demais etnias como a Turé Mariquita. Ao todo, as comunidades somam 300 habitantes. 

Vídeo: Reprodução.

O BT entrou em contato com a empresa Brasil Bio Fuels (BBF) sobre o caso.

Confira a nota da BBF na íntegra:

A BBF esclarece que não procede a informação de ação da empresa dentro da terra Indígena Turé Mariquita, localizada em Tomé-Açu, no Estado do Pará. O que aconteceu ontem (29/11) foi a tentativa de mais uma invasão nas terras de propriedade da BBF realizada por um grupo formado por indígenas e quilombolas que atuam no furto e roubo de frutos em áreas da Companhia, junto às coordenadas 2,154200S – 48,295633W (Fazenda Solimões – de propriedade da BBF), fato já notificado às autoridades públicas da região. Também não é verdadeira a informação de que seguranças da BBF estão agindo com violência no local. A BBF reforça seu compromisso em manter um diálogo construtivo e aberto com as comunidades que residem nos locais onde a empresa atua.