O BT foi até a ocupação indígena na Seduc onde encontram-se lideranças dos povos originários que exigem a revogação da Lei N° 10.820/ 2024 que pode afetar a educação de povos e comunidades tradicionais, além da exoneração do secretário da educação Rossieli Soares do cargo.
Segundo a liderança Alessandra Munduruku, vai haver uma reunião com o governador do estado, Helder Barbalho, às 15h desta sexta-feira, 24, para debater as exigências dos ocupantes. Também acompanhamos como está a organização da juventude indígena no local.
COMO SE ENCONTRA A OCUPAÇÃO?
A organização da ocupação fica nos dois andares do prédio central, com salas sendo usadas para guardar doações de roupas e alimentos. Na hora do almoço, os ocupantes se deslocam para trás do prédio onde professores da rede estadual de educação, que também entraram em greve, auxiliam na distribuição de alimentos e com um acampamento solidário do lado de fora da Seduc.
Na hora de dormir, barracas ficam enfileiradas em locais com cobertura, além de redes sendo colocadas em áreas como na rampa de subida do prédio. Crianças indígenas de várias idades brincam pelo local e também podem ficar em um espaço improvisado no local.
Já são 11 dias de ocupação onde os indígenas pedem a revogação da Lei N° 10.820. Professores da rede estadual de educação também entraram em greve afirmando que a lei compromete direitos básicos da classe. Além da revogação, os manifestantes também pedem a destituição de Rossieli Soares do cargo de Secretário da educação.