Quase 4 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas residências na Argentina e no Uruguai devido às inundações que assolaram diversas cidades após as intensas chuvas e cheias de rios nas últimas semanas.
As inundações também causaram desalojamentos em áreas próximas à fronteira com o Brasil, afetando regiões nos estados de Artigas, Cerro Largo e Rocha, além de outras localidades no interior dos países.
Autoridades governamentais alertam que importantes produções agrícolas foram impactadas pelas inundações, incluindo cultivos de soja, arroz, milho e cana-de-açúcar, que estão em período de colheita, bem como plantações de frutas. Além disso, a inundação dos solos pode prejudicar a pecuária e a semeadura de trigo, cevada e colza previstas para o inverno.
INUNDAÇÕES URUGUAI E ARGENTINA
Na Argentina, a cidade mais afetada pelas inundações é Concórdia, localizada na província de Entre Ríos, na fronteira com o Uruguai, onde 579 pessoas precisaram ser retiradas de suas casas. As Forças Armadas, bombeiros e outros órgãos estão mobilizados para resgatar os moradores afetados e encaminhá-los para centros de realocação, conforme informado pela prefeitura.
A cidade permanece em estado de alerta devido à possibilidade de aumento do nível do Rio Uruguai, especialmente ao sul da Barragem de Salto Grande, ao norte de Concórdia, e na fronteira com o Uruguai.
Na província de Corrientes, que faz fronteira com o Rio Grande do Sul, as cheias dos rios Riachuelo e Uruguai resultaram em inundações em pelo menos seis cidades, incluindo Paso de los Libres, na fronteira com Uruguaiana (RS), e Santo Tomé, vizinha de São Borja (RS). No total, 400 pessoas foram retiradas de suas casas na província, conforme relatório do Sistema Nacional para a Gestão Integral do Risco e Proteção Civil (SINAGIR).