Nascido em Castanhal, interior do Pará, o mestre em economia, músico, compositor e três vezes eleito Governador do Estado do Pará, Simão Jatene conversou com Mary Tupiassu para o quadro “Incomoda!” do BT, e falou sobre o encontro com o delegado Everaldo Eguchi, candidato derrotado na corrida pela Prefeitura de Belém. “Eu não defini candidatura, não defini apoios, eu defini uma coisa: que contribuiria para a formação de uma grande frente que se opusesse ao que está aí”, declarou ele.
Sobre uma possível candidatura, Simão Jatene declarou que ainda não tomou uma decisão. “Eu tenho discutido e tenho dito que participarei das eleições, ou como candidato ou como gandula, porque obviamente estão brigando para que eu não seja candidato. Pra mim, o fundamental é fazer oposição ao que está aí”, disse.
AMEAÇA À DEMOCRACIA?
Quando foi questionado sobre a possível ameaça que o Presidente da República Jair Bolsonaro (PL) possa representar para a democracia, Simão Jatene foi claro em dizer que não acredita nesses discursos. “Eu não acho (que vivemos ameaçados por uma ameaça de fascismo). Realmente não acho. Eu acho que ele não consegue nem aparelhar o Estado como o grupo do PT aparelhou. Eu acho que ele não consegue uma adesão das forças armadas para uma aventura. Eu tenho muito medo dessa avaliação, porque eu não o conheço profundamente, nem superficialmente, para saber se ele pensa assim ou não”, afirmou.
Jatene ainda chamou de fantasioso o discurso que coloca em pauta o apreço do atual presidente ao militarismo, como se isso representasse uma ameaça à Democracia. “Eu acho um discurso rigorosamente fantasioso. Eu posso ser ingênuo, ou posso ter ficado velho. Eu não consigo ver razões objetivas nessa história. Eu acho que ele não representa o perigo que, de vez em quando, se tenta criar. A fantasia de que você pode ter uma reprodução do reich aqui, do Hitler, da Alemanha. Eu não o acho uma ameaça à República. O que ameaça a República é viver interpretando a lei conforme conveniência”, declarou o ex-governador.
Confira na íntegra a entrevista feita com Simão Jatene.