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‘Jogador N° 1’ é o puro suco de nostalgia para a cultura pop

Recentemente, os óculos de realidade virtual da Apple viralizaram com momentos bastante incomuns nas redes sociais, mas como seria um futuro onde todos vivessem dependentes de um mundo virtual?

Jogador N° 1, filme dirigido por Steven Spielberg traz essa premissa. Baseado no livro de mesmo nome, a produção é uma grande homenagem à cultura pop.

O longa conta a história de Wade Watts, jovem que vive em um subúrbio de uma realidade distópica onde a humanidade prefere viver no Oásis, um jogo de realidade virtual. Após morrer, o criador do jogo, James Halliday, deixa uma fortuna para quem encontrar as peças de um grande quebra cabeça, então Wade deve seguir e experimentar a realidade para encontrar as peças desse mistério.

MAS É BOM?

O filme lançado em 2018 tem um carinho enorme pela cultura pop, trazendo personagens de diversas mídias e histórias diferentes, muitos como peça importante no desenrolar da trama.

Por ser uma homenagem, o longa aproveita para ser uma grande caça aos easter eggs, termo usado para referências a outras mídias. É impossível achar todos os personagens conhecidos apenas na primeira vez que assiste e o ritmo que a história é contada permite ao espectador embarcar na aventura e ter uma enorme vontade de rever o filme.

A produção peca em alguns diálogos expositivos, porém não impede que o público fique imerso na trama de forma a resolver todos os mistérios e charadas junto do protagonista. 

A direção de Steven Spielberg é excelente e mostra sua habilidade em criar e trabalhar várias perspectivas de mundos fantásticos. Os protagonistas Tye Sheridan e Olivia Coocke tem boas atuações e tem uma química que é desenvolvida durante o filme.

O longa é um espetáculo visual com efeitos visuais competentes. Para preservar a interpretação dos atores em suas versões digitais, foi usada a captura de movimentos durante as cenas.

Jogador N° 1 é um filme excêntrico que abusa de referências à cultura pop e cria uma identidade visual única, se tornando uma aventura digna dos anos 80. E se você caiu de paraquedas nessa crítica é a oportunidade certa para reassistir ao filme!