A Polícia Federal (PF) descobriu a existência de uma nova joia incrustada com pedras preciosas que teria sido negociada por emissários do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), durante diligências nos Estados Unidos relacionadas ao inquérito das joias ilegais.
A informação foi divulgada pela CNN que afirmou que a joia foi descoberta há poucas semanas, após diligências dos investigadores no exterior. Ainda segundo o jornal O Globo, um vídeo das negociações da peça foi encontrado durante as investigações.
NOVOS DEPOIMENTOS
Agora, novos depoimentos serão realizados para identificar os detalhes da origem e destino do objeto que até então, não era um dos itens investigados. Entre os nomes que devem ser chamados para prestar depoimentos está o ex-ajudante de ordens, Tenente-coronel Mauro Cid, que é delator.
A suspeita das investigações é que o item também tenha sido um presente que Bolsonaro recebeu quando era presidente da república, do qual se apropriou de maneira ilegal.
Segundo a CNN, apurações preliminares sugerem que a joia estava guardada no mesmo estojo entregue para Bolsonaro em um encontro de empresários brasileiros e árabes no Bahrein.
ENTENDA O CASO DAS JOIAS
O governo Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer de forma ilegal para o Brasil um conjunto de joias avaliado em 3 milhões de euros (R$ 16,5 milhões). Marcos André dos Santos Soeiro, assessor de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, estava com os itens dentro de uma escultura de cavalo com cerca de 30 centímetros e com as patas quebradas.
Ele foi pego durante fiscalização de passageiros vindos da Arábia Saudita, em outubro de 2021.
Para que os objetos fossem retirados, assim como qualquer objeto com valor superior a US$ 1 mil, é necessário o pagamento do imposto de importação, referente a 50% do valor estimado do item, e mais uma multa de 25% por tentar entrar de forma ilegal no Brasil.
O valor das joias que seriam presentes para a primeira dama estava estimado em R$ 16,5 milhões. O imposto e a multa custariam ao menos R$ 12,375 milhões.
Os itens também poderiam ter sido desembarcados como um presente oficial para o presidente da República, porém, dessa maneira seriam do Estado brasileiro e não da primeira-dama ou da família Bolsonaro.