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Justiça argentina suspende reforma trabalhista de Milei; entenda

A Justiça da Argentina suspendeu na quarta, 3, a proposta de reforma trabalhista do novo presidente argentino, Javier Milei, assinada há duas semanas. A suspensão ocorreu depois de uma ação apresentada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), uma das principais organizações sindicais do país.

O tribunal anunciou nesta quarta-feira uma liminar que suspende as reformas trabalhistas incluídas no amplo decreto de emergência de Milei de 20 de dezembro, que abordou vários aspectos da política econômica.

Justiça argentina suspende reforma trabalhista de Milei. Imagem reprodução: Alfredo Luna.

A decisão do tribunal marca uma vitória ao menos temporária para um dos sindicatos mais poderosos da Argentina, a CGT, que solicitou a suspensão das medidas laborais e pretende ser um dos rivais de Milei durante a sua presidência. A CGT convocou uma greve geral nacional para 24 de janeiro.

A assessoria de imprensa de Milei não comentou imediatamente a liminar do tribunal.

Por enquanto, a liminar do tribunal ainda evita o pior cenário para Milei, em que todo o decreto sofreria revés no Congresso ou pelos tribunais. Os legisladores ainda têm tempo para votar a favor ou contra todo o decreto, embora o Congresso não tenha bloqueado um decreto presidencial nos governos recentes.

As medidas laborais de Milei centraram-se na simplificação das obrigações de indenização por demissão e durante os “períodos de experiência” antes de uma empresa ter de contratar um trabalhador a tempo integral, entre outras reformas. A Argentina tem custos trabalhistas elevados em relação à produtividade do trabalhador.