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Justiça retira Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e nomeia presidente do STJD para cargo

Ednaldo foi substituído por José Perdiz até a próxima eleição para o cargo, com previsão para daqui a 30 dias.

Nesta quinta-feira, 7, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro retirou Ednaldo Rodrigues do cargo de presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e determinou a nomeação de um novo interventor. O escolhido pelo órgão foi José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Por três votos contra zero, o relator Gabriel Zéfiro e os desembargadores Mauro Martins e Mafalda Luchese votaram favoravelmente pela destituição de Rodrigues. Uma nova eleição deve ocorrer em 30 dias, mas ainda cabe recurso por parte de Ednaldo.

Ednaldo ficaria no mandato de presidência da CBF por quatro anos. Reprodução: Super Rádio Tupi.

Mauro Martins argumentou que essa não seria uma interferência externa na CBF. ”Quero deixar claro que isso não é uma interferência externa na CBF. Estamos nomeando alguém da justiça desportiva e não alguém externo. Portanto, não pode ser considerado interferência externa”, comentou ele.

A 21ª Vara de Direito Privado fez julgamento da legalidade do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro, em março de 2022, que levou Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação. Perdiz não teria sido informado formalmente e não ainda se pronunciou sobre a decisão. Outros vice-presidentes da entidade foram afastados, sendo eles: Antônio Aquino Lopes, Fernando Sarney, Francisco Noveletto, Hélio Cury, Marcus Vicente, Reinaldo Carneiro Bastos, Roberto Góes e Rubens Lopes.

POR QUE EDNALDO FOI DESTITUÍDO?

Cinco anos antes, o MPRJ abriu ação contra a CBF pois julgou que o estatuto do mesmo não estava de acordo com a Lei Pelé, que alegava peso igualitário entre federações e clubes. No entanto, na mesma época, o presidente da CBF na época, Rogério Caboclo, foi afastado da posição por denúncias de assédio sexual. Ednaldo Rodrigues era seu vice e assumiu como interino, negociando o TAC com o MPRJ. A eleição de Caboclo foi anulada e Ednaldo foi eleito.

Os outros vices da administração de Caboclo defenderam que não foram consultados sobre o acordo e afirmaram que foram prejudicados pelo seu desdobramento, uma vez que também precisaram se retirar de seus cargos. Ainda, disseram que o juízo de 1º grau não tinha competência para homologar o acordo.