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Leona lança vídeo da Copa e reforça importância da representatividade LGBTQIAP+

Leona Vingativa, a multiartista e ícone LGBTQIAP+ paraense, lançou “Let’s Go To Hexa”, seu novo hit de Copa do Mundo, no domingo (27), às vésperas do segundo jogo da seleção brasileira. A versão da cantora é uma mistura do hino da Copa de 2010, “Waka Waka”, da Shakira, e elementos totalmente paraenses como o tecnomelody e gírias LGBT da periferia paraense, o pajubá

Esse lançamento já é o terceiro da cantora que envolve a Copa do Mundo, depois de “Close e Carão na Copa 2018” e um dos primeiros virais da lenda, “Eu Quero Um Boy”, lançado na Copa de 2014, sediada pelo Brasil. Como de praxe, seus fãs não deixam passar esse evento batido.

“Já tinha essa pressão, né? Meus fãs são ótimos pra me botar pressão, ainda mais para lançar esses clipes da Copa”, comentou, em conversa com o BT.

“Eu e meu produtor, Renan Carmo, fizemos a letra e quisemos colocar o pajubá, além da gaymada, que muitos conhecem como ‘cemitério’. Quisemos puxar tudo do fundo do baú, já que a maioria dos pajubá são antigos, então quisemos trazer isso que muitas já viveram, já brincaram, já falaram e falam até hoje”, disse, ao reforçar a importância de colocar em evidência a cultura LGBT paraense.

No clipe, a influencer Lupita Maravilha, do time Guamá, é desafiada para uma batalha do jogo gaymada contra o time Jurunas, comandado por Leona. Quem já acompanha as duas nas redes sociais vai conseguir reconhecer outros personagens, como Paulo Colucci, a “Aleijada Hipócrita”, a “Bailarina” e a Família Maravilha.

“A gravação foi babado, teve muito atraque! Essa não é a primeira vez que eu e a Lupita trabalhamos juntas, sempre posso contar com ela, é uma parceira de muitos anos, conheço ela desde criança e a história dela é linda, assim como de todas nós”, finaliza Leona.

 
 
 
 
 
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Com um vídeo cheio de referências à comunidade LGBTQIAP+, Leona evidencia a importância em falar sobre o assunto, principalmente no ano em que a Copa acontece em um país com legislações que proíbem qualquer sexualidade diferente à heterossexual. “É muito importante falar sobre a LGBTfobia. Como uma artista trans, mostrando a forma como eu trabalho, vamos quebrando o tabu de várias formas. O objetivo é esse, é mostrar para as pessoas que nós somos seres humanos, que nós podemos, que precisamos de oportunidade, que precisamos dar as mãos. Nós só queremos respeito, essa é a verdade. Não queremos guerra, só que nos respeitem assim como respeitamos a todos. Acho que é isso, esse que é o babado, queremos mostrar que podemos, que precisamos do respeito e apoio da comunidade”, reforça a influencer.

ASSISTA O VÍDEO: