/

Licitação para duplicação da Rua da Marinha, em Belém, é suspensa

Rua da Marinha
Projeto da ampliação da Rua da Marinha (Foto: Divulgação)

Na última quinta-feira (9), a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) suspendeu a licitação para realizar as obras de duplicação da rua da Marinha, em Belém. A decisão foi tomada em razão de readequações do projeto, de acordo com a Seop.

A decisão foi publicada no Diário do Estado do Pará na última quinta-feira (9)

PROJETO RUA DA MARINHA

O projeto visa a ampliação de uma via expressa, atravessando o Parque Ecológico Gunnar Vingren (PEMB). A obra foi justificada como uma medida para aliviar o tráfego na capital em vista da COP 30. A estrada planejada interligaria seis bairros da cidade, estendendo-se por 3,5 km entre a avenida Augusto Montenegro e a avenida Centenário, além da rotatória.

No entanto, a Prefeitura de Belém se opôs ao pedido do governo estadual em novembro de 2023, quando solicitou a emissão de Licença Ambiental Prévia e de Instalação para as obras de urbanização dentro do parque municipal.

Embora a licença para a realização da obra dentro do parque não tenha sido concedida, uma concorrência eletrônica foi registrada no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para a contratação de uma empresa de engenharia especializada na execução do projeto, no valor de R$ 213 milhões, a pedido da Seop. No entanto, o procedimento licitatório foi revogado na semana passada pelo secretário de Estado de Obras Públicas, Benedito Ruy Santos Cabral, sendo listado como compra revogada.

Além da licitação para a duplicação, também foi revogada a concorrência eletrônica para a execução da Perna Norte, que iria da Rua da Marinha ao Canal do Bengui, com justificativa semelhante.

SOBRE O PARQUE GUNNAR VINGREN

Licitação para duplicação da Rua da Marinha em Belém é suspensa
Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará

O Parque Ecológico Gunnar Vingren (PEMB), com uma área de 44 hectares, foi cedido à Prefeitura de Belém pelos moradores do Conjunto Médici I e II na década de 70, sendo oficialmente transformado em parque ecológico em novembro de 1991 pela Lei municipal nº 7.539.

Atualmente, o espaço não recebe a devida atenção do Poder Público. A reforma do parque, avaliada em quase R$ 900 mil, foi anunciada há cerca de três anos, mas ainda não saiu do papel. Enquanto isso, a área equivalente a 115 campos de futebol, que poderia ser uma opção de lazer e pesquisa, está ameaçada.

LEIA MAIS: btmais.com.br