Muito se comentou sobre a posse do presidente Lula no último domingo, 1, como a presença da cadela Resistência e a entrega da faixa presidencial das mãos de representantes do povo, mas nem toda repercussão foi positiva. Internautas se mostraram surpresos ao descobrir a idade da nova segunda-dama do Brasil, Lu Alckmin, e a web se encheu de etarismos contra a paulistana de 71 anos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o etarismo consiste no preconceito, na intolerância, na discriminação contra pessoas com idade avançada e pode surgir de diversas formas. No caso de Lu Alckmin, ocorreu disfarçado de elogios, já que internautas e jornalistas de portais da web a descreviam como “muito bem para a idade”, “conservada” e “bem apesar dos 71 anos”.
Segundo o especialista em Gerontologia e ativista pelo envelhecimento saudável, Ney Messias, essa é uma das armadilhas mais comuns do etarismo e tem um impacto psicológico imediato em idosos, pois acaba associando a idade avançada à fragilidade.
“Quando a gente diz isso, o que a gente não diz, mas a pessoa idosa sente é: então eu só pareço bem porque pareço jovem? Então para eu continuar bem paras pessoas, eu terei de parecer jovem eternamente? Mas e quando eu não conseguir mais parecer jovem, vou continuar tendo valor?”, conta Ney, que alega que dependendo da escolhas de vida, uma pessoa idosa pode envelhecer com saúde e potência, sem que isso precise ser associado à juventude.
Confira a crônica de Ney Messias sobre o etarismo sofrido por Lu Alckmin:
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