O Tribunal de Justiça do Pará ((TJPA) decidiu na noite desta terça-feira, 17, que Lucas Magalhães, que pilotava a lancha no dia da morte da jovem estudante Yasmin Macedo, em dezembro de 2021, irá a julgamento por júri popular. A decisão saiu depois de uma audiência de instrução. Lucas será julgado no dia 31 maio deste ano por quatro crimes: dolo eventual (homicídio), fraude processual, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo.
“O segredo de justiça do caso já foi retirado, o que significa que o processo agora é público para que a sociedade acompanhe. Agora ele está pronunciado, a prisão preventiva segue, mas a defesa pode entrar com um pedido pela liberdade dele. Mas o julgamento por júri popular está com data marcada”, disse o assistente de acusação que acompanhou a audiência de instrução de hoje.
Segundo o Tribunal, a defesa de Magalhães não recorreu das decisões dentro do prazo estipulado pela justiça. Além de conduzir a lanche na noite da morte de Yasmin, Lucas também é o proprietário da embarcação. Durante o passeio houve disparos de tiros.
O acusado está preso de forma preventiva na Cadeia Pública para Jovens e Adultos (CPJA), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará, na região metropolitana de Belém.
O condutor da lancha foi interrogado na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, no bairro da Cidade Velha. O julgamento iniciou nesta manhã. Segundo os advogados presentes no local, 18 pessoas participaram da audiência, duas foram dispensadas pela promotoria.
Além de Lucas, outras seis pessoas foram indiciadas pela PC: Euler André Magalhães da Cunha, Bruno Faganello dos Santos, Alex Teixeira do Rosário, Cecília Souza de Souza, Claudielly Tayara de Souza da Silva e Barbara de Araújo Ramos. Todos estavam na embarcação junto com Yasmin e foram apontados no inquérito policial entregue ao Ministério Público do Pará (MPPA).
INQUÉRITOS ARQUIVADOS
Antes da decisão de julgamento de Magalhães, o TJPA já havia arquivado quatro inquéritos de outros investigados por participação no crime. Os quatro são: São elas: Alex Teixeira do Rosário, Cecília Souza de Souza, Claudielly Tayara de Souza da Silva e Bárbara de Araújo Ramos. A decisão foi assinada pelo juiz Marcus Alan de Melo Gomes, da 9ª Vara Criminal de Belém, no dia 10 deste mês.
No pedido feito ao TJPA, o promotor de justiça Cezar Augusto dos Santos Motta, alega que durante a investigação policial os quatro indiciados mencionados “prestaram falsa informação na qualidade de testemunha”, porém, segundo o promotor, “não há no relatório final a individualização das referidas condutas”.
Na decisão, o juiz Marcus Alan informa que acolhe os argumentos do MPPA e determina o arquivamento do presente inquérito policial.
RELEMBRE O CASO
Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo morreu aos 21 anos durante um passeio de lancha no dia 12 de dezembro de 2021. Na embarcação estavam outras 18 pessoas. Durante o passeio houve disparos de tiros.
O corpo da estudante de medicina veterinária foi encontrado na tarde do dia seguinte, no rio Maguari, em Belém.
*Com informações de O Liberal.