Na última semana, Lays Torre Almeida, mãe de uma criança autista de 2 anos, relatou uma situação alarmante na creche municipal René Biscaia Raposo, situada na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo Lays, ao buscar seu filho na escola, ele estava tão debilitado que não conseguia ficar em pé.
“Uma mãe que estava próxima ao portão segurou meu filho quando ele quase caiu. Foi aí que percebi que ele não estava bem. Perguntei à professora o que havia acontecido e ela afirmou que ele estava apenas com sono, mencionando apenas uma vitamina de banana que lhe deu e causou um pouco de diarreia”, relatou Lays em sua conta no Instagram na sexta-feira, 22 de junho.
Exame detectou presença de zolpidem
Preocupada, a família realizou exames médicos que detectaram a presença de zolpidem no organismo da criança, um medicamento sedativo utilizado para tratar insônia.
Lays esclareceu que a única medicação administrada ao seu filho é o canabidiol, sempre dado em casa e nunca enviado para a escola. “Não quero que nenhuma outra criança dessa creche passe por isso e que nenhuma mãe sinta a dor, o desespero e o susto que eu senti com meu filho”, desabafou Lays.
Em resposta, a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro comunicou que instaurou uma sindicância e está cooperando com a investigação da Polícia Civil para determinar se alguma substância foi administrada à criança na escola e identificar o responsável. A Secretaria também atendeu prontamente ao pedido de transferência do aluno para outra escola.
“Desde que tomou conhecimento, a Secretaria procurou a família e atendeu imediatamente o pedido de transferência da aluna de escola”, disse a pasta.