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Mãe e filhos sequestrados recebem assistência psicossocial da Fundação ParáPaz

Ana Júlia Brito de 26 anos e os filhos, uma menina de 3 anos e dois garotos, um de 7 e outro de 12, começaram a receber atendimento psicossocial na última sexta-feira, 10, em Belém, por meio da Fundação ParáPaz, que visitou a residência das vítimas. A jovem e seus filhos foram sequestrados na última quarta-feira, 8, no cárcere que durou mais de 17 horas, sendo o sequestro mais longo da história do Pará. O caso chocou a população e provocou uma grande comoção e rede de solidariedade.

A equipe que iniciou os trabalhos de atendimento são compostas de assistentes social e psicóloga.

A psicóloga Raphaela Vieira, que, neste primeiro momento, conversou e ouviu a vítima, disse que a família está abalada psicologicamente devido aos momentos de tensão vividos durante o assalto. Ela também apresentou os serviços ofertados pela Fundação ParáPaz e explicou de que forma será feito o acompanhamento a partir deste momento.

“Os atendimentos especializados e individuais já foram agendados, tais como consulta pediátrica e exames laboratoriais para as crianças. A proposta do acolhimento é que as vítimas possam superar as angústias geradas por conta do estresse do assalto, fazendo com que mãe e os filhos retornem, com o tempo, às suas rotinas diárias, como trabalho, escolas, passeios”, explicou Raphaela.

O PROCESSO DE ATENDIMENTO

As crianças serão atendidas pelo polos ParáPaz CPC Polícia Científica e ParáPaz Santa
Casa, integrados à Delegacia Especializada no Atendimento a Criança e ao Adolescente, onde passarão por exames. Já a mãe, foi encaminhada para a unidade ParáPaz Mulher, em Belém.

Ainda segundo a psicóloga, durante o acolhimento, foi notado o cansaço da mãe, relatando não ter conseguido ainda dormir, além de verbalizar o medo de ser perseguida pelo assaltante, pois viveu momentos de muita angústia e que muitas vezes precisou interceder para que o criminoso não ferisse seus filhos, os protegendo com as mãos, até se ferindo com a faca.

Alberto Teixeira, presidente da Fundação ParáPaz, enfatizou o compromisso do governo do Estado. “As profissionais são capacitadas para realizar o atendimento especificamente nesse tipo de caso, tanto na abordagem com a mulher, quanto com as crianças, e o governo do Estado, por meio da Fundação ParáPaz, vai assegurar que a família receba todo o apoio necessário”.

*Com informações de Agência Pará.