Indígenas, ribeirinhos e quilombolas do vale do Acará unificaram em um manifesto denúncias contra severas violações socioambientais da mineradora norueguesa Norsk Hydro.
O manifesto afirma que a empresa tem devastado territórios sagrados, amparada por licenças ambientais fraudulentas emitidas pela administração do Governador do Pará, Helder Barbalho, Segundo o portal Ver-o-Fato.
Mais de 600 famílias das comunidades Tembé, Turiwara e quilombolas estariam enfrentando impactos causados pela expansão das atividades da Mineração Paragominas (MPSA), que é uma suplementar do grupo Hydro.
ACUSAÇÃO
O manifesto questiona a lógica por trás da exploração de recursos naturais que beneficia apenas investidores estrangeiros e a elite local. Segundo o portal, os líderes comunitários pedem uma resposta tanto para o governador Helder Barbalho, quanto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que haveria um favorecimento político a interesses privados em detrimento dos direitos dos povos originários.
Ainda segundo o manifesto, a Norsk Hydro opera ilegalmente no Vale do Acará com licenças ambientais fraudulentas emitidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará (SEMAS).
TENSÃO
A tensão foi agravada após uma decisão judicial conceder uma liminar permitindo que a Hydro continue suas operações.
A decisão inclui uma multa diária com um valor alto para quem tentar obstruir o trabalho da mineradora e a possibilidade de prisão para líderes que se oponham às atividades. As comunidades tradicionais pedem revisão das licenças ambientais.
O BT entrou em contato com a Hydro e com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará (SEMAS) e aguarda retorno.