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Manifesto de indígenas e quilombolas denuncia exploração de recursos e uso de força policial no vale do Acará

(Foto: Marcelo Camargo/ Ag. Brasil)

Indígenas, ribeirinhos e quilombolas do vale do Acará unificaram em um manifesto denúncias contra severas violações socioambientais da mineradora norueguesa Norsk Hydro.

O manifesto afirma que a empresa tem devastado territórios sagrados, amparada por licenças ambientais fraudulentas emitidas pela administração do Governador do Pará, Helder Barbalho, Segundo o portal Ver-o-Fato.

Mais de 600 famílias das comunidades Tembé, Turiwara e quilombolas estariam enfrentando impactos causados pela expansão das atividades da Mineração Paragominas (MPSA), que é uma suplementar do grupo Hydro.

ACUSAÇÃO

O manifesto questiona a lógica por trás da exploração de recursos naturais que beneficia apenas investidores estrangeiros e a elite local. Segundo o portal, os líderes comunitários pedem uma resposta tanto para o governador Helder Barbalho, quanto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que haveria um favorecimento político a interesses privados em detrimento dos direitos dos povos originários. 

Ainda segundo o manifesto, a Norsk Hydro opera ilegalmente no Vale do Acará com licenças ambientais fraudulentas emitidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará (SEMAS). 

TENSÃO 

A tensão foi agravada após uma decisão judicial conceder uma liminar  permitindo que a Hydro continue suas operações. 

A decisão inclui uma multa diária com um valor alto para quem tentar obstruir o trabalho da mineradora e a possibilidade de prisão para líderes que se oponham às atividades. As comunidades tradicionais pedem revisão das licenças ambientais. 

O BT entrou em contato com a Hydro e com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará (SEMAS) e aguarda retorno.