Maria da Penha Maia Fernandes, de 79 anos, receberá proteção de agentes de segurança do estado do Ceará, após receber ameaças de membros da extrema-direita e dos chamados “red pills” e “masculinistas”. Os grupos se reúnem em comunidades digitais para disseminar ódio às mulheres.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, confirmou a proteção à Maria da Penha, no qual, recentemente havia se articulado com o Governo do Ceará para informar sobre a proteção adotada para a cearense. Além de que, a casa de Maria será transformada em um memorial, no qual, servirá como referência no combate à violência contra a mulher.
Segundo o governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas, afirmado nas redes sociais, a proteção que ela receberá será do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. “Tomei conhecimento das ameaças sofridas pela ativista Maria da Penha por grupos de comunidades digitais que disseminam ódio contra as mulheres. São ações repugnantes e inadmissíveis”, destacou.
Quem é Maria da Penha
Nascida em Fortaleza, a ativista Maria da Penha Maia Fernandes, é formada na Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará (FC), em 1966. Em 1983, foi vítima de dupla tentativa de feminicídio pelo marido e pai de suas duas filhas, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros.
Após receber um tiro na coluna enquanto dormia, Maria da Penha ficou paraplégica, ficou 15 dias em cárcere privado e sofreu tentativa de eletrocutamento, além de outras violências físicas e psicológicas.
Em 7 de agosto de 2006, Maria da Penha, assegurou sua luta por justiça no poder judiciário quando foi sancionada a lei contra as violações aos direitos humanos das mulheres.
Como denunciar a violência doméstica
A mulher em situação de violência, pode recorrer a redes assistenciais de entidades dos poderes municipal, estadual e federal. A denúncia deve ser realizada em distritos policiais e delegacias especializadas à mulher, bem como, pode ser feita anonimamente por terceiros.
O canal “Disque 180” é um telefone exclusivo ao atendimento da mulher do governo federal. O número presta apoio e escuta mulheres em qualquer situação de violência, e em seguida encaminhadas a órgãos da região.
A Defensoria Pública do Estado do Pará, reúne em uma cartilha todos os serviços e contatos de atendimentos especializados à mulher, bem como, informações sobre a identificação de uma violência e principalmente, onde denuncia-la.
*Matéria realizada com informações do Portal Metrópoles e G1.