O cabo da Polícia Militar Luiz Augusto de Almeida da Silva, que atirou e matou um cachorro no dia do Natal de 2020 na Travessa Angustura, no bairro Pedreira, foi expulso da corporação pelo crime. Ele era lotado na Companhia de Policiamento Turístico.
A decisão foi publicada no boletim da Polícia Militar no último dia 6. Segundo testemunhas, o PM disparou dois tiros contra o cão sem motivo aparente. Antes de atirar, ele ainda teria perguntado se “Lobinho”, como era chamado o animal, tinha dono.
O crime revoltou os moradores e motivou protestos nas redes sociais. O policial ainda pode recorrer da decisão na Justiça Militar. A página do abrigo animal Au Family publicou um trecho da decisão considerada histórica para os defensores da causa animal.
Relembre o caso
De acordo com testemunhas, por volta das 6h da manhã do dia 25 de dezembro de 2020, o policial desceu de um carro preto e perguntou ao porteiro do prédio, na travessa Angustura, se Lobinho tinha dono, ao que o porteiro respondeu que não. Em seguida, o PM sacou a arma e disparou dois tiros contra o cachorro. Dezenas de pessoas fizeram manifestações em frente ao local com cartazes pedindo a prisão do militar.
No dia seguinte ao crime, o governador Helder Barbalho anunciou que Luiz Augusto seria imediatamente afastado da corporação. Barbalho também afirmou que o policial foi submetido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que decidiria sua permanência ou expulsão na corporação.