Segundo um levantamento apresentado pelo Ministério da Saúde, entre os dias 15 à 25 de janeiro foram constatadas péssimas condições de estrutura de atendimento, falta de profissionais e uma desassistência generalizada com a situação do povo Yanomami.
No dia 20 de janeiro foi decretado pelo Ministério da Saúde o estado de emergência em saúde pública pela necessidade de combate à desassistência sanitária dos povos que vivem no território Yanomami.
Ao todo existem 68 polos para atendimento de saúde, porém, segundo o titular da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Ricardo Weibe Tapeba, muitos não têm a infraestrutura necessária: “De fato, temos uma situação de muita precariedade na nossa infraestrutura e, a partir desse plano, estaremos realizando todas as melhorias, para além do orçamento que a Sesai já tem. Há uma decisão da Presidência da República, do Ministério da Saúde, de conseguir uma dotação orçamentária específica para mitigar e para resolver essas situações aqui no território Yanomami”, disse Tapeba.
A Terra Indígena (TI) Yanomami, a maior do Brasil em extensão territorial, tem uma população de 30,5 mil indígenas, sendo pelo menos 5,6 mil crianças menores de 5 anos. A TI Yanomami tem sofrido com a invasão de garimpeiros ilegais que têm extraído recursos da região e dificultando o modo de vida dos povos originários da região.