O Ministério Público do Pará denunciou o advogado que matou a mãe a facadas e feriu e tentou matar a irmã em Belém na última segunda-feira. A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado.
A acusação diz que o advogado teria cometido feminicídio triplamente qualificado por motivo fútil contra a mãe mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima mulher por razões de sexo feminino praticado pelo filho, em contexto de violência de gênero e prevalecendo-se de relações domésticas de coabitação e hospitalidade, e tentado o mesmo contra a irmã, neste caso o cirme quadruplamente qualificado, envolvendo ainda asfixia.
O MPPA também pediu a prisão preventiva do advogado, levando-se em conta haver provas da existência do crime, bem como indícios de autoria. Para o promotor, a prisão do investigado é necessária para manter a segurança da irmã que sobreviveu, assim como para evitar que ele cumpra a ameaça de suicídio, manifestada por ele quando foi conduzida à Divisão de Homicídios.
O órgão solicitou a apresentação dos instrumentos e objetos apreendidos e a roupa usada no momento da ação criminal; perícia e “print” dos conteúdos do telefone celular do acusado enviadas via whatsapp, croquis do local dos fatos, ilustrado com planta e fotografias, e laudo de exame de corpo de delito das vítimas, a cargo do IML. A denúncia também requer a citação do denunciado para apresentar sua defesa e que seja fixado valor mínimo a título de dano moral.
Entenda o caso
O advogado Leonardo Giugni Bahia foi preso em flagrante por matar a própria mãe, Arlene Giugni da Silva, no bairro Batista Campos, em Belém. O crime aconteceu na madrugada de terça-feira, 18, em um prédio residencial.
A principal suspeita é de ele tenha sofrido um surto psicótico. Leonardo também feriu a irmã na mão e na perna com uma faca. Ela foi socorrida. O advogado teria saído de casa em busca de atendimento médico em um hospital por conta de uma alergia. Após ser medicado ele retornou para casa e por volta de 2h30 começou a discutir com a mãe.
Um dos indícios é de que Leonardo teve um lapso de memória e não lembra do que aconteceu no momento do crime. Após o matricídio, os agentes de segurança pública foram acionados via CIOP pelo próprio suspeito e, ao chegarem no local, ele se entregou e confessou o delito.