Pelo segundo ano consecutivo, o Ministério Público do Pará, está investigando o evento autointitulado “maior churrasco de costela no fogo de chão do mundo” , na cidade de Parauapebas, no Sudoeste do Pará. O evento foi realizado no último dia 10 de maio, com 25 toneladas de carne na brasa, distribuídos para a população, para comemorar o aniversário da cidade.
Na época, a Prefeitura de Parauapebas divulgou toda a programação de aniversário da cidade nas redes sociais, incluindo a realização do “maior churrasco do mundo”. Darci Lermen, prefeito da cidade, também fez uma publicação, informando que o evento é feito em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) e Centro de Tradicoes Gaucha (CTG) Amigos da Tradição, recebendo milhares de pessoas.
A organização do churrasco disse que, neste ano, aumentou a quantidade de carne de 20 para 25 toneladas, e que 1.500 costelões assados foram distribuídos gratuitamente para cerca de 50 mil pessoas no parque de exposições Lázaro de Deus Vieira Neto.
Em nota, o MPPA informou que o 4º Promotor de Justiça de Parauapebas, Alan Pierre Rocha, registrou Notícia de Fato referente ao evento de 2023 e solicitou informações ao Município. Decorrido o prazo o Município encaminhou parcialmente os documentos solicitados.
Após análise dos documentos já enviados, a Promotoria verificou que havia poucos elementos para verificar a legitimidade do evento, bem como a existência de ilicitudes. Por isso foi determinada a instauração de procedimento preliminar para o levantamento das informações, e a adoção de possíveis medidas judiciais.
Quanto ao inquérito civil instaurado no ano passado, encontra-se em fase de conclusão. Já há relatório do Grupo de apoio Técnico Interdisciplinar (GATI) do Ministério Público do Estado sobre os shows contratados, que está em fase de análise pela 4ª Promotoria, para possíveis providências judiciais.
Quanto à aquisição de carnes em 2022, o relatório do GATI informa que não houve irregularidades, uma vez que foi adquirida com verbas do sindicato, e não verbas públicas.