O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à justiça três pessoas pelos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, no mês passado.
Os suspeitos denunciados são:
- Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”;
- Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”;
- Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”.
Jefferson da Silva Lima foi preso no dia 18 de junho, em Atalaia do Norte, no Amazonas. Segundo afirmação do delegado, Alex Perez Timóteo, Jeferson tem participação direta no caso, estava presente no momento das mortes e também participou da ocultação dos corpos de Bruno e Dom.
Já os irmãos Oseney e Amarildo da Costa Oliveira foram os primeiros a ser presos como suspeitos pelos assassinatos de Bruno e Dom. Oseney, inclusive, levou a polícia ao local em que os corpos foram encontrados.
O MPF entende que os três devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia foi apresentada à Justiça Federal em Tabatinga (AM). De acordo com o MPF, o juiz do caso já acolheu a denúncia e, com isso, tornou os investigados réus.
Na denúncia enviada à Justiça, o MPF argumenta que Amarildo e Jefferson confessaram o crime. O órgão afirma, ainda, que a participação de Oseney foi mencionada em depoimentos de testemunhas.
MOTIVAÇÕES
De acordo com o documento enviado à Justiça pelo MPF, uma foto foi o motivo dos assassinatos. Isto porque Bruno teria pedido a Dom que fizesse uma foto do barco dos acusados, que estariam realizando pesca ilegal em território indígena. “O que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF como motivo fútil e pode agravar a pena”, diz o documento.