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Ministra afirma que garimpeiros impedem indígenas Yanomami de acessar alimentos doados e serviços de saúde

A ministra afirmou que os garimpeiros oferecem itens em troca dos alimentos

A Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 6, em Roraima, que os garimpeiros presentes no território Yanomami impedem os indígenas de receber acesso aos serviços de saúde prestados, além dos alimentos doados às comunidades.

A ministra disse que os garimpeiros oferecem itens em troca dos alimentos, além de dificultar o acesso dos indígenas aos alimentos fornecidos: “Até as cestas básicas está difícil de entregar. Porque tem o risco de que eles [garimpeiros] possam oferecer objetos e os trocando pelo alimento, uma vez que o alimento deles também já está sendo inviabilizado de chegar para eles”, disse Guajajara.

A Ministra dos Povos Indígenas viajou até a região durante o final de semana. Imagem: Agência Brasil.

Sônia esteve no local, durante o fim de semana, para acompanhar a situação instaurada pelos garimpeiros na Terra Indígena (TI). Um balanço atual da ação no território indígena foi feito pela ministra, acompanhado de lideranças indígenas e autoridades da Funai e Ministério da Saúde.

Segundo Guajajara, alguns dos garimpeiros já estão deixando o local, porém outros começaram a sair das pequenas vilas e se concentraram perto de comunidades indígenas.

Enquanto sobrevoava as áreas, para deixar cestas básicas, a ministra ressaltou a preocupação com a presença dos garimpeiros: “Tentamos pousar em dois lugares e não conseguimos por conta de insegurança. Muitos garimpeiros ali dentro visivelmente já sabendo que tem essa determinação para a retirada deles”, disse a ministra.

Segundo o líder Júnior Hekurari Yanomami, que acompanhava a ministra durante a ação, complementou seu posicionamento sobre a situação atual dos Yanomami: “Como era um caso de risco, evitamos deixar também a cesta básica nessas comunidades que queríamos visitar. Está muito tenso”, disse Hekurari.  

Com informações de Brasil de Fato*