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Ministro do STM nega Habeas Corpus a bolsonaristas presos em Brasília

Os golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram detidos em frente ao quartel general do exército em Brasília.

Foto: O Tempo

O presidente interino do Superior Tribunal Militar (STM), o ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz, negou pedido de Habeas Corpus coletivo para os golpistas que foram presos no acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília, na segunda-feira,9. A negativa de Queiroz saiu na terça-feira, 10.

Ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz do Superior Tribunal Militar (STM). Imagem: Reprodução.

O recurso havia sido protocolado pelo advogado Carlos Alexandre Klomfahs e visava reverter a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O advogado do grupo alegou, no pedido, que os detidos realizavam “manifestações pacíficas”, e destacou que, “infiltrados da esquerda” haveriam se “infiltrado” nos “movimentos patrióticos”, “se utilizando de partidos políticos para provocar o caos e a desordem no país”, escreveu o advogado, no recurso negado.

Queiroz citou, após análise do recurso, que não é competência do STM processar e julgar habeas corpus contra decisão emitida pelo STF. Portanto, existiria irregularidade processual no pedido. E que o Superior Tribunal Militar é subordinado à Corte Suprema, sendo assim, não cabe ao colegiado militar questionar as decisões do STF.

No último domingo (8), terroristas invadiram a Praça Três Poderes e provocaram atos de vandalismo no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF). Após os atos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou Intervenção Federal na segurança pública do Distrito Federal. Enquanto o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha, por 90 dias.