Nesta quarta-feira, 25, rodoviários da empresa Monte Cristo paralisaram as atividades por cerca de três horas para reivindicar o pagamento de salário, ticket-alimentação e férias em atraso. Os funcionários se reuniram na garagem da empresa, que fica na travessa Visconde de Inhaúma com a Lomas Valentinas, no bairro da Pedreira.
O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Belém (Setransbel) comentou sobre o caso e se mostrou preocupado com o cenário do sistema de transporte público coletivo da capital paraense. “O Setransbel acompanha, com preocupação, o protesto dos trabalhadores rodoviários de uma de suas associadas e que é o resultado do atual cenário financeiro do sistema, que vem acumulando um prejuízo mensal que ultrapassa os R$18 milhões”, disse em nota.
O Setransbel relembrou, ainda, que um dos maiores problemas acerca do tema está na falta de desonerações e subsídios por parte do poder público. “O colapso no setor é iminente e o reflexo está na falta de recurso das empresas para cumprir com os devidos pagamentos, em razão da falta de determinação das desonerações e subsídios previstos pela Prefeitura de Belém que iriam repor a tarifa técnica estabelecida em R$ 5,01 pela Semob, e aprovada pelo Conselho de Transporte”.
Além disso, o sindicato citou que o aumento de itens importantes para a operação, como pneus, diesel, manutenção, entre outros, faz com que o sistema seja ainda mais afetado. “Também devemos levar em consideração o aumento de vários itens da operação, como pneus, manutenção, salário, custo dos combustíveis, peças para manutenção dos veículos que se tornaram mais caras, e tudo isso tem sido pouco custeado por meio da tarifa de R$ 4,00 reais, que é insuficiente para a manutenção do sistema”, diz a nota.
MONTE CRISTO
Por volta das 8 horas da manhã os rodoviários concordaram em encerrar a paralisação ao receber a promessa da Monte Cristo de que o pagamento dos valores solicitados será feito até a sexta-feira, 27.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belém (Sintrebel), Ewerton Paixão, falou que uma nova paralisação será feita na segunda-feira, 30, caso o compromisso acertado não seja cumprido por parte da empresa. “Foi organizada uma reunião na garagem, em que o dono da empresa se comprometeu em pagar tudo até esta sexta-feira, e os trabalhadores terminaram com a paralisação; mas, se a empresa não cumprir com esse acordo, a categoria fará uma nova paralisação na segunda-feira (30)”, disse ele.
VEJA A NOTA DO SETRANSBEL NA ÍNTEGRA:
“O Setransbel acompanha, com preocupação, o protesto dos trabalhadores rodoviários de uma de suas associadas e que é o resultado do atual cenário financeiro do sistema, que vem acumulando um prejuízo mensal que ultrapassa os R$18 milhões.
Ressaltando que o desequilíbrio financeiro das empresas é provocado pela redução na tarifa técnica, o que tem impossibilitado as empresas de honrar com os custos elevados do sistema de transporte.
O colapso no setor é iminente e o reflexo está na falta de recurso das empresas para cumprir com os devidos pagamentos, em razão da falta de determinação das desonerações e subsídios previstos pela Prefeitura de Belém que iriam repor a tarifa técnica estabelecida em R$ 5,01 pela Semob, e aprovada pelo Conselho de Transporte.
Também devemos levar em consideração o aumento de vários itens da operação, como pneus, manutenção, salário, custo dos combustíveis, peças para manutenção dos veículos que se tornaram mais caras, e tudo isso tem sido pouco custeado por meio da tarifa de R$ 4,00 reais, que é insuficiente para a manutenção do sistema.
Devido ao prejuízo mensal que afeta o sistema, ações que poderiam melhorar a prestação do serviço, como a renovação da frota, também ficam impossibilitadas”