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Moradores de Salvaterra fazem protesto e bloqueiam porto após naufrágio em Cotijuba

Os moradores do município de Salvaterra, na ilha do Marajó, fecharam o Porto da Foz do Rio na madrugada desta sexta-feira, 9, após o trágico naufrágio que deixou ao menos 11 mortos na última quinta-feira, 8, próximo à Ilha de Cotijuba, em Belém.

Segundo os moradores, a má prestação de serviço do transporte hidroviário por parte das empresas que operam no Porto é recorrente, e outros episódios com embarcações sucateados já vem ocorrendo em viagens que saem do Marajó. A população se mobilizou ainda durante a madrugada.

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Outra reclamação é sobre a falta de estrutura do local. Após os moradores fecharem o espaço, navios e lanchas não podem operar no Porto da Foz do Rio Camará, que fica em Salvaterra. Podem ocorrer apenas viagens de Balsas.

A manifestação em forma de protesto, também é utilizada para prestar condolências e homenagens às vítimas, em que a maioria são dos municípios de Cachoeira do Arari e Salvaterra. As famílias das vítimas dos municípios aguardam a chegada dos corpos para o sepultamento. Moradores de municípios vizinhos também foram convocados a participar.

O responsável direto pela embarcação está sendo procurado e será investigado por homicídio doloso.

Os corpos que já foram encontrados estão vindo na balsa da Henvil pela manhã, somente os corpos, com possíveis acompanhantes, sem nenhum carro ou passageiro.

Em Belém, um luto oficial de três dias foi decretado.

As buscas pelas vítimas desparecidas foram retomadas na manhã desta sexta-feira, 9. Até o momento, um novo corpo foi encontrado e sete seguem desaparecidos.