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Moradores denunciam transtornos por causa de queda de pastilhas em prédio residencial de Belém

O BT recebeu a denúncia de moradores do prédio residencial Torres Ekoara, localizado na Travessa Enéas Pinheiro, entre Almirante Barroso e João Paulo II, no bairro do Marco. O problema começou desde 2017 com a queda de placas de pastilha de seis fachadas das duas torres residenciais do imóvel, que segundo os moradores, foram mal colocadas.

O síndico do condomínio conversou com o BT sobre o problema e os transtornos que os moradores passam, além da indignação por conta do problema que se arrastar sem uma solução.

“Toda essa situação já vem acontecendo há seis anos, são placas de pastilhas que se soltam das fachadas das torres. As vezes é só um pedaço, outras vezes é uma placa inteira. Até que há um mês e meio atrás, em 21 de setembro, um bloco inteiro se soltou e caiu na via pública. Tivemos que chamar os Bombeiros, a Defesa Civil município e estamos aguardando o resultado do laudo pericial da Polícia Civil que também foi feito. Um processo na justiça corre contra construtora”, explicou o síndico.

Pastilhas das fachadas das torres estão caindo há anos provocando perigo e transtornos aos moradores. Imagem: Reprodução.

Por conta dos transtornos com a queda das placas com frequência, o que representa um grande risco de algum acidentes, os moradores seguem preocupados. “É um risco permanente, porque sempre cai um pedaço, uma placa. Todo o entorno do condomínio está protegido com redes de proteção para as pessoas quando as pastilhas caem”, contou.

DESVALORIZAÇÃO

Além do perigo e da preocupação constante, um novo problema foi desencadeado em função das pastilhas que se desprendem da fachada. “Com essa situação (das pastilhas caindo das fachadas) percebemos uma forte desvalorização dos imóveis e apartamentos do nosso condomínio. As pessoas estão deixando de comprar e alugar os apartamentos. Alguns moradores já foram embora como consequência dessa situação”, afirmou o síndico.

Por fim, alguns casos graves, sobretudo de moradores que dividem a parede com as fachadas, relatam problemas mais graves, como infiltração. “Alguns moradores que dividem a parede do seu apartamento com a parede das fachadas estão com problemas de infiltração e mofo por causa das infiltrações. Um dos moradores foi obrigado a desativar um quarto do seu imóvel por causa desses transtornos (infiltração e mofo)”, revelou o síndico.

A paisagem do condomínio mudou em função dos problemas. Imagem: Reprodução.

TRANSTORNOS

O BT ouviu moradores que convivem com estes problemas e seguem sem uma perspectiva de solução para o atual contexto. Uma moradora, que vive há três anos, conta que um funcionário do condomínio quase foi atingido pela queda de uma pastilha.

“O jardineiro aqui do condomínio quase foi atingido quando caiu uma pastilha. Desde 2019 as torres estão teladas para proteger os moradores porque isso é um grande risco, além de ser um descaso da construtora com a gente”, desabafou.

E não são apenas as pastilhas que causam dificuldades aos moradores. “Tem infiltrações nas colunas das torres. O meu banheiro teve as lajotas estouradas por causa das infiltrações nas paredes. A minha varanda, assim com as de outros moradores, foi mal feita, porque sempre depois que chove fica empoçada a água. Em áreas comuns isso também acontece porque os ralos foram colocados de uma forma errada”, afirmou a moradora.

Imagens do banheiro da moradora com o piso danificado por conta das infiltrações. Imagem: Reprodução.

Os próprios moradores confirmam que houve uma depreciação no condomínio por conta dos vários problemas e transtornos estruturais.

REPERCUSSÃO

Muitas pessoas começaram a comentar em postagens da construtora Leal Moreira nas redes sociais. Duras críticas, reclamações e desabafos como “a sonho que vira pesadelo” foram feitos contra a empresa.

“Super decepcionada com a Leal Moreira. A surpresa vem depois. Quando as pastilhas caem e a Leal Moreira não assume o prejuízo. O sonho vira pesadelo”, disse um usuário em uma das postagens.

“E a recuperação das pastilhas do Ekoara? E a recuperação da fachada do Torres Ekoara? O risco que os moradores e visitantes estão passando. E lá se vai anos e anos aguardando isso”, criticou outro usuário.

Cometários de pessoas e moradores nas postagens da construtura nas redes sociais. Imagem: Reprodução.

JUSTIÇA

O síndico do condomínio destacou que um processo criminal com provas e pedidos de indenização corre na justiça, na Vara criminal de Belém desde 2018, mas segue parado e sem definições.

O BT entrou com a construtora Leal Moreira, responsável pelo empreendimento. Em nota, que

“O empreendimento Torres Ekoara é um empreendimento de parceria entre Leal Moreira e PDG. A demanda foi judicializada pelo Condomínio e está sendo tratada pelos advogados das partes, de acordo com o andamento processual e respeitando o contraditório e ampla defesa”, disse a construtora em posicionamento sobre o caso.

O BT também pediu um posicionamento da Justiça sobre a lentidão do processo e aguarda um retorno.