O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou nesta sexta-feira, 12, para condenar a 17 anos de prisão Antônio Claúdio Alves Ferreira, que foi um dos invasores ao Palácio do Planalto nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Antônio foi o responsável por quebrar o relógio histórico de Balthazar Martinot, obra trazida por Dom João VI, feito com um tipo de bronze que não é fabricado há dezenas de anos. No começo de 2024, a peça foi enviada para restauro na Suíça.
Antônio é réu por crimes como associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
Durante a votação, Moraes afirmou que há um “robusto conjunto probatório” contra o investigado, que foi preso após fazer registros dentro do Palácio do Planalto. Ferreira também esteve no acampamento montado em frente ao QG do exército.
Durante interrogatório, o réu confessou que danificou um vidro para entrar no Planalto e afirmou ter quebrado o relógio histórico e rasgado uma poltrona.
OBJETO INESTIMÁVEL
O relógio de pêndulo do século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI, feito pelo relojoeiro Balthazar Martinot. Existem apenas dois relógios deste autor, com a outra peça em exposta no Palácio de Versailles, na França.
A outra peça tem apenas a metade do tamanho do relógio que foi quebrado no Palácio do Planalto. O valor do relógio não foi divulgado.