Nesta quarta-feira (14), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão dos blogueiros bolsonaristas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, ambos considerados foragidos da Justiça. Allan dos Santos, que atualmente busca asilo nos Estados Unidos, e Oswaldo Eustáquio, que reside na Espanha, foram alvos de uma operação conduzida pela Polícia Federal (PF), batizada de “Disque 100”.
A operação, que também incluiu mandados de busca e apreensão, envolveu um total de nove medidas cautelares. Entre as ações, a PF realizou buscas na residência da ex-esposa de Oswaldo Eustáquio, localizada em Brasília. A escolha do nome da operação faz referência ao serviço de denúncia de violações de Direitos Humanos e foi acompanhada pelo Conselho Tutelar de Brasília, devido ao envolvimento de menores de idade.
Alexandre de Moraes
Paralelamente, no mesmo inquérito da operação deflagrada nesta quarta-feira, Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio das redes sociais do senador Marcos Do Val (Podemos-ES) e o bloqueio bancário de R$ 50 milhões. O senador é acusado de obstrução de justiça após publicações em suas redes sociais, nas quais expôs o delegado da PF Fábio Schor, responsável pelas investigações relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nas redes sociais, Do Val compartilhou uma imagem do delegado Fábio Schor, acompanhada da mensagem: “Ele é o responsável por prender patriotas inocentes e fazer milhares de crianças chorarem por causa da ausência de seus pais”. Essa postagem foi interpretada pelas autoridades como uma tentativa de obstrução da justiça.
Desde que Andrei Rodrigues assumiu a direção-geral da Polícia Federal, a corporação vem adotando medidas para proteger a identidade dos delegados que lideram investigações sensíveis. A ação de Do Val foi vista como um desafio a essa nova diretriz e como uma tentativa de intimidar os agentes envolvidos nas investigações.