Morreu na madrugada desta quinta, 13, em Belém, o educador e fundador da Universidade da Amazônia (Unama), Edson Franco. Ele tinha 86 anos e estava internado na UTI de um hospital da capital paraense.
O velório do professor, que também foi o primeiro reitor da Universidade da Amazônia, será ainda nesta manhã, na capela do Colégio Nazaré, centro da cidade.
Nas redes sociais, muitos alunos que passaram pelas mãos do professor Edson deixaram uma mensagem de gratidão e agradecimento pelos ensinamentos e aprendizados passados pelo mestre que têm um grande legado na história da educação paraense.
“Muita gente daquela época, ainda está lá, me receberam com muito carinho. A gratidão é enorme, tive muitas pessoas importantes naquele período, que contribuíram para esta vitória. Porque só fui buscar agora? Não vem ao caso. Mas a sensação é de uma grande vitória e de um fechamento de ciclo, finalmente. Recebi das mãos do ícone da educação, esse tão suado diploma, Prof. Edson Franco. Gratidão”, destacou Livia Magno em uma publicação.
A neta do educador, Laissa Khayat, também publicou uma mensagem de carinho ao avô e reconheceu o amor pelo conhecimento que Edson tinha.
“O (muito) bom com textos era ele. E dele tomei o gosto pela leitura, “roubei” alguns bons livros (ele me emprestava com horas contadas e na condição do feedback!!), passei a apreciar Ariano Suassuna. Mas ele, sem dúvida, era muito mais faminto por conhecimento e não à toa tem o nome abraçado com a Educação, o grande legado que deixou ainda em vida, extrapolando as fronteiras do Pará. Que euforia ele me dava quando pedia a minha opinião sobre um texto que escreveu e a revisão dos seus cursos de oratória. Ganhava o meu dia! Jornalista assim como ele, é e sempre será uma benção chamar Édson Franco de meu avô. Tem momentos que as palavras somem, porque são incapazes de descrever o tamanho da saudade que já sinto dele! Me faltam palavras porque, apesar de ter descrito o gênio que ele era, o educador que recebia os seus alunos na porta toda segunda-feira e ligava a cada aniversário para seus colaboradores – suas marcas registradas acompanhadas de um carisma surreal -, eu perdi hoje um avô, o único que conheci e, graças a Deus, aproveitei muito. Que benção foi desfrutar da companhia do vovô por 33 anos! Claro que eu queria muito, muito, muito, muito mais tempo com ele aqui, mas o conforto vem de Deus, a quem ele também dedicou uma vida inteira, com seus erros e acertos como ser humano cristão. Jamais esquecerei as suas últimas palavras, quando nos despedimos antes de eu pegar o voo pra BH. Como de praxe, fui me despedir dos meus avós, batemos um papo no quarto deles e na hora de eu ir embora, o vovô me disse: “vou sentir muita, muita saudade. Te amo, minha filhinha. Vai com Deus e Nossa Senhora te acompanhe”. Vou encurtar o texto por aqui. É o que consigo agora, porque a vista embaçou e os dedos estão travando. Só tenho a agradecer pela vida do meu velhinho, que vou levar pra sempre no meu coração. Deus o receba em sua misericórdia! Peço as orações de vocês pro vovô e agradeço por todo o carinho. Descanse em paz, vô! Amor eterno. Saudade imensurável”, lembrou em mensagem de despedida ao familiar.
O BT entrou em contato com a Unama. Em nota, a instituição disse Édson Franco esteve presente em vários momentos decisivos para a UNAMA, como a criação de novos campi e como incentivador da cultura, por meio do projeto do “Salão de Pequenos Formatos”, apoiado no núcleo cultural da Universidade, o qual foi revelado grandes artistas.
A prefeitura de Belém também se manifestou em mensagem ao educador, lembrando que além de professor, Edson Franco também era advogado e jornalista, membro da Academia Paraense de Letras e da Academia Paraense de Jornalismo. e Mais recentemente estava no cargo de diretor-geral Faculdade de Estudos Avançados do Pará (Feapa).
Confira as notas na íntegra:
“É com profundo pesar que a UNAMA – Universidade da Amazônia comunica o falecimento do seu fundador Dr. Édson Franco, que também era professor Emérito da instituição, desde 2017. Nesses quase 50 anos, Édson lutou pela educação superior e se dedicou a investir no saber. Iniciou a caminhada pelo Centro de Estudos Superiores do Pará – CESEP, que mais tarde, em 1987, juntou-se às Faculdades Integradas Colégio Moderno e posteriormente virou a União das Escolas Superiores do Pará – UNESPA. Só em 1993 passou a ser chamada de Universidade da Amazônia, a primeira universidade privada do estado. Foi reitor da UNAMA em diferentes períodos, de 1974 até o ano 2009. Dr. Édson Franco deixa um Legado ao Estado e de contribuição imensurável de apoio à educação. Foi um dos principais agentes durante a elaboração das diretrizes do Programa Universidade para Todos (ProUni), enquanto presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), em 2004. Esteve presente em vários momentos decisivos para a UNAMA, como a criação de novos campi e como incentivador da cultura, por meio do projeto do “Salão de Pequenos Formatos”, apoiado no núcleo cultural da Universidade, o qual foi revelado grandes artistas. Pela importância histórica para à Universidade, Dr. Édson Franco sempre esteve presente – à convite – em quase todos os eventos oficiais da UNAMA e era carinhosamente recebido pelos colaboradores e gestores da instituição.A UNAMA muito se orgulha desse gestor, professor e se solidariza aos familiares, amigos e antigos alunos que tiveram a honra de conviver com esse ser humano exemplar”.
“A Prefeitura Municipal de Belém manifesta profundo pesar pela morte do professor Edson Raymundo Pinheiro de Souza Franco, ocorrida na madrugada desta quinta-feira,13. Edson Franco foi um dos fundadores e primeiro reitor da Universidade da Amazônia (Unama) e além da carreira no magistério, era advogado e jornalista, membro da Academia Paraense de Letras e da Academia Paraense de Jornalismo. e Mais recentemente estava no cargo de diretor-geral Faculdade de Estudos Avançados do Pará (Feapa). O velório está sendo realizado na capela do colégio Nossa Senhora de Nazaré e o sepultamento será realizado a partir das 15h, no cemitério Santa Izabel”.
