Você é negacionista ou é a favor das políticas públicas pró vacina? Se existisse, você tomaria uma vacina anti-selfie? se disse não, talvez seja melhor repensar sua posição. Tirar selfie está matando tanto quanto algumas doenças, se transformando numa quase epidemia.
Um estudo da Fundação iO, especializada em medicina tropical e do viajante, revelou que entre janeiro de 2008 e julho de 2021, 379 pessoas morreram por tirar selfie em lugares arriscados. Algo em torno de uma pessoa morta a cada 13 dias. O pior é que a tendência é de alta de mortes.
Nos primeiros meses de de 2021, aconteceram 31 acidentes mortais, uma média de um acidente por semana, mesmo ainda tendo restrições para viagens devido a pandemia de COVID-19.
Entre os mortos, 141 eram turistas e 238 eram pessoas da população local, o que revela que o risco maior está no primeiro grupo, já que apenas uma pequena parte da população mundial está viajando em dia determinado.
Os países campeões de morte por selfies são: Índia (100 casos) EUA (39) e Rússias (33). O Brasil está na 5o posição com 17 mortes por selfie. A praia de Penha, em Santa Catarina, está entre os 10 locais do mundo com mais mortes por causa de selfies. Os outros locais são:
- Cataratas do Niágara ( EUA/Canadá)
- Glen Canyon (EUA)
- Charco Del Burro (Colômbia)
- Catarata de Mlango (Quênia)
- Montes Urais (Rússia)
- Taj Mahal e Vale do Doodhpathri (Índia)
- Ilha de Nusa Lembongan (Indonésia)
- Arquipélago de Langkawi (Malásia)
No Brasil, um caso conhecido foi registrado em dezembro de 2020. Guilherme Chiapetti, de 22 anos, morreu após cair de uma cachoeira com mais de 10 metros de altura, a cachoeira d Onça, no Paraná. Um local de acesso difícil. Guilherme chegou a ser levado ao hospital, mas não resitiu e morreu no dia seguinte.
A pesquisa não inclui um grande número de acidentes graves, mas que não são letais. De longe, lugares como cataratas, torres de transmissão, cachoeiras e telhados, são campeões em acidentes fatais provocados por selfies arriscadas. Quando se estuda o recorte etários dos acidentados, a grande maioria, 41% do total, são de jovens na faixa etária dos 20 aos 29 anos.