A Polícia Civil de Belo Horizonte, Minas Gerais, informou que está finalizando a investigação do caso de uma jovem de 22 anos, que foi deixada desacordada na calçada da rua onde mora e estuprada por um desconhecido em seguida, no último final de semana de julho deste ano.
Segundo a delegada do caso, Danúbia Quadros, o motorista de aplicativo disse, em depoimento, que voltou ao local em que deixou a vítima desacordada para checar se ela estava bem. Ele também disse que foi comprar um remédio para a moça, e no momento em que ele retornou, ela já havia sido carregada por um desconhecido, que a levou para um campo de futebol e a estuprou.
“Ele alega que tentou diversas vezes entrar em contato com o amigo da vítima pelo aplicativo, tentou acordar alguém da casa e até alguns vizinhos, mas que não obteve êxito. Ele então deixou a jovem na porta da casa e, minutos depois, retornou e a jovem já não estava no local. Ele então imaginou que algum familiar teria buscado a jovem e levado ela para casa”, detalha a investigadora.
RESPONSABILIZAÇÃO
O motorista, segundo a delegada, pode responder pelo crime de abandono de incapaz, previsto no artigo 133 do Código Penal, com pena de seis meses a três anos de reclusão. Ela também adianta que o amigo que chamou o carro por aplicativo e o motociclista que ajudou a tirar a jovem de dentro do veículo não serão responsabilizados.
A delegada diz que no dia em que o motorista prestou depoimento, ele levou o celular da jovem que tinha ficado dentro do carro. O homem alegou que o aparelho estava descarregado, informação que foi confirmada pela própria vítima.
A investigadora também esclarece que a vítima não tem nenhuma recordação do que houve durante a madrugada do crime, já que permaneceu desacordada até ser encontrada. Amigos e familiares dela já prestaram depoimento e a polícia aguarda a conclusão de alguns laudos para finalizar o inquérito.
O homem suspeito de cometer o crime de estupro de vulnerável contra a jovem permanece preso. Ele foi preso em flagrante no dia seguinte ao crime.