Nesta terça-feira, 07, viralizou nas redes sociais, o vídeo em que mostra um motorista de transporte por aplicativo foi agredido por uma passageira após se recusar a entrar em um condomínio, em Salvador.
A agressão ocorreu no início da manhã do dia 26 de dezembro de 2024, mas as imagens vieram a tona somente nesta terça, quando o motorista, Luan Felipe de Araújo, de 33 anos, deu entrevistas para os jornais locais.
Luan Felipe informou ao portal G1 que aceitou a corrida pela Uber no bairro do Canela, com destino à Rua Waldemar Falcão, no Horto Florestal, bairro nobre da capital baiana. Ao chegar no ponto de destino, em frente a um condomínio, o motorista e a passageira começaram a discutir porque ela exigia que ele entrasse no local.
“Ela me pediu pra entrar no condomínio de uma forma agressiva. Ela foi super mal educada como se eu tivesse obrigação“, relatou.
Ele afirma que decidiu começar a gravar ao perceber que a mulher estava exaltada, proferindo insultos a ele. O vídeo mostra o momento em que ela o xinga, avança para a frente do carro e bate no motorista.
Ainda durante a entrevista ao G1, Luan Felipe relatou que trabalha como motorista por aplicativo há cerca de um ano e meio e nunca tinha enfrentado uma situação semelhante. “Um pouco mais à frente [do condomínio], tem uma farmácia. Eu parei pra espairecer porque a ficha só cai depois do ocorrido. Fiquei sem rodar o resto do dia 26, só voltei no dia 28“.
O trabalhador disse que entrou em contato com um advogado, prestou queixa contra a passageira e acionou o suporte da Uber. A plataforma se desculpou pela situação, apagou a avaliação negativa feita pela mulher e informou a ele que iria bloqueá-la.
A Polícia Civil confirmou ao portal G1 o registro da ocorrência na 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas). A unidade trata o caso como injúria e vai colher depoimentos para esclarecer os detalhes do caso.
O que diz a UBER
O portal também procurou a assessoria de comunicação da Uber, que lamentou a situação e ressaltou que “considera inaceitável o uso de violência”. A conta da usuária foi banida da plataforma.
Além disso, a Uber informou que conta com um canal de suporte psicológico, desenvolvido em parceria com o movimento MeToo, que foi disponibilizado ao motorista. A empresa acrescentou que está à disposição das autoridades para colaborar com a investigação.
O g1 tentou localizar a passageira, mas não conseguiu contato.
*Matéria realizada com informações do portal G1 Bahia